Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 208

"Já chega, traga as roupas."

Sérgio achava um incômodo, além disso, ele preferia tomar um banho. Após o exercício e o suor, não poder tomar um banho refrescante era realmente desconfortável.

Sérgio vestiu-se e viu Débora com um ar pensativo:

"O que você está pensando agora? Não fiz tudo como você queria? Se não é para tomar banho, então não tomarei."

Para que esta moça não franzisse mais a testa, Sérgio até concordou com a última exigência de não tomar banho.

"Isso vai deixar uma cicatriz," disse Débora, em voz baixa.

"Se deixar cicatriz, que deixe. Qual é o problema?"

Para Sérgio, esse tipo de coisa não era importante.

Não é normal um homem ter uma ou duas cicatrizes?

"Não é bom." Se for possível não deixar cicatriz, claro que é melhor não deixar.

"O que? Você acha feio eu ter cicatrizes?"

Débora não respondeu de imediato, pensando sobre o tratamento de cicatrizes.

Com o passar dos anos, as cicatrizes de feridas curadas tornam-se mais visíveis. Para alguém da idade de Sérgio, um corte com essa profundidade certamente deixaria uma cicatriz.

Débora mergulhou em seus pensamentos.

Ela não percebeu que o olhar de Sérgio sobre ela estava ficando cada vez mais insatisfeito.

Sérgio, vendo o rosto desanimado de Débora, pensou que ela realmente achava desagradável ele ter cicatrizes.

Ele começou a ficar irritado.

Até Willian pensou que Débora estava desdenhando das cicatrizes nas mãos de Sérgio.

Willian tentou explicar a Débora, defendendo Sérgio: "Débora, na verdade, não é tão ruim um homem ter várias cicatrizes. Até parece meio legal, e esse corte não é tão profundo. Além disso, está no braço, não é um grande problema. Mesmo que deixe cicatriz, não será tão assustador."

Ele nem sabia quem estava tão preocupado com aquele corte, que não era grande coisa.

Débora respondeu sem hesitar.

Ela nem sabia por que Willian faria tal pergunta. Sérgio ter cicatrizes não tinha grande importância para ela, muito menos seria um motivo para ela desprezá-lo.

A expressão de Sérgio melhorou imediatamente: "Faça como quiser, então. Quando chegar a hora, eu coopero com a aplicação do medicamento, tudo bem?"

"Sim," Débora concordou. A cooperação dele seria o ideal.

Sérgio perguntou a Débora: "Quantos dias para a cicatrização? Não posso ficar sem tomar banho para sempre."

Sérgio: No máximo, um dia sem tomar banho.

Débora: Então use um curativo à prova d'água.

Sérgio: Não quero curativo à prova d'água, quero alguém para esfregar minhas costas.

Débora passou a toalha para Willian.

Willian, tremendo, segurou a toalha: Bem, você pediu por isso. Quando Débora estava esfregando suas costas e você quis trocar de pessoa, agora nem tem mais esse privilégio com Débora!