Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 215

Karina chorava enquanto assentia com a cabeça.

Ela realmente havia se assustado.

Não demorou muito para que o som da sirene da polícia ecoasse, e os policiais chegaram ao beco. Foi Glória quem chamou a polícia para Karina.

Glória abraçou Karina e a colocou no carro da polícia.

Com seus 1,70 de altura e um corpo musculoso, Glória segurava Karina sem nenhum esforço.

Ao colocá-la no carro, Glória ainda disse: "Não é à toa que você é colega de classe da minha pequena Débora, tão leve que eu poderia correr uma maratona carregando vocês duas sem problema algum."

Claro, se fosse para falar quem era menor, essa seria Débora.

Com seus bracinhos e perninhas, até subir no carro era um trabalho árduo.

Glória então levou Karina ao hospital para fazer exames.

Os valentões foram todos presos.

Quando Débora soube da notícia por Glória, correu para o hospital.

Karina estava coberta de hematomas, resultado da luta com os valentões.

Seus olhos estavam vermelhos de chorar, e seu rosto estava marcado pelas lágrimas, fazendo-a parecer um gato pintado, enquanto seu corpo tremia incontrolavelmente.

Ela nunca tinha sido uma garota muito corajosa, então o susto que levou pode-se imaginar.

Quando Débora chegou, havia dois policiais no quarto fazendo um relatório com Karina.

Entre soluços, Karina contou o que havia acontecido.

Foi uma experiência dolorosa e assustadora para ela.

Débora soube, pelas palavras de Karina, que quando ela estava prestes a ser intimidada pelos valentões, eles mencionaram "quem mandou ela ser amiga da Débora".

Então, aqueles que atacaram Karina naquela noite, na verdade, queriam causar problema para Débora, e foi Débora quem acabou envolvendo Karina em algo que ela não deveria ter enfrentado.

A partir da voz e do choro de Karina, Débora podia sentir o desespero e a dor dela.

A voz de Karina ainda tremia, mas sua mão segurava firmemente a de Débora:

"Eu, eu estou com muito medo, mas eu sei, o erro não é meu e nem seu, eu, eu não quero deixar esses idiotas felizes! Eles que erraram, por que eu deveria fazer o que eles querem?! Eu me recuso! Eu quero ser sua amiga! Eu não vou deixá-los satisfeitos!"

Aqueles eram realmente após Débora, não queriam que Karina fosse amiga dela.

Mas Karina não iria ceder à vontade deles!

O erro era deles, não de Débora.

Apesar de estar muito triste e com medo, Karina tinha uma clareza sobre toda a situação.

Débora olhou para Karina segurando sua mão, meio atônita.

Era a primeira vez que Débora segurava a mão de alguém assim.

Era uma sensação estranha, mas maravilhosa.