Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 218

Felipe, neste momento, encontrava-se em seu próprio escritório, onde ainda era dia.

À sua frente, sete ou oito monitores estavam dispostos em alturas variadas.

Após finalizar uma chamada internacional com Débora, ele relaxou o corpo, recostando-se na cadeira.

Deveria contar aquilo ao Sr. Gabriel?

Melhor não, não é? E se ele ficasse irritado? E se lhe impusesse mais uma de suas tarefas inesperadas?

Ultimamente, já se sentia suficientemente como um cuidador, melhor não procurar mais problemas.

Sim, isso mesmo, melhor não se envolver.

Afinal, se Débora estivesse mesmo chateada, provavelmente procuraria seu irmão.

Deixar que Débora falasse diretamente com o Sr. Gabriel parecia a melhor opção.

Ele preferia permanecer discreto.

Melhor guardar suas habilidades e reconhecimento para si.

Contudo, pensando bem, a voz de Débora continuava como antes, suave e doce, como água com mel.

Curioso sobre como ela estaria agora, se ainda tinha a aparência de quando era criança, com seu rostinho macio, que se inflava de raiva, franzindo os lábios, com aquele ar de pequena dama insatisfeita que ninguém conseguia apaziguar.

Haha.

Felipe já havia irritado Débora antes e acabou levando uma surra de Gabriel.

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Débora ainda não havia chegado em casa quando recebeu uma ligação de Willian:

“Débora! Onde você foi? A avó Araújo disse que você foi ao hospital. O que aconteceu?”

A preocupação era evidente na voz de Willian.

Ele foi à casa da família Araújo procurar por Débora e a Velha Sra. Araújo lhe disse que Débora tinha ido ao hospital.

O Velho Sr. Araújo e a Velha Sra. Araújo já estavam acostumados com suas visitas e não se incomodaram em recebê-los, cada um ocupado com seus próprios afazeres, apenas o pessoal de serviço preparou chá para os dois.

“Débora, você finalmente chegou!” Willian levantou-se apressadamente para verificar o estado de saúde de Débora.

Após confirmar que Débora não tinha nenhum problema visível, ele continuou: “Por que você foi ao hospital?”

“Um amigo foi maltratado.”

“Quem maltratou seu amigo?” Willian franziu a testa, preocupado, pois maltratar alguém a ponto de ir ao hospital não era pouca coisa.

“Está tudo bem, eu consigo lidar com isso.”

Débora não queria incomodar Willian e Sérgio.

“Não, Débora. Somos todos bons amigos que se ajudam. Fale, o que aconteceu, para eu poder te dar um conselho,” Willian insistiu, demonstrando preocupação.

Débora balançou a cabeça, sua expressão tranquila, refletindo uma serenidade impressionante.