Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 225

Após uma espera angustiante de cinco horas, finalmente as luzes do bloco cirúrgico se apagaram.

Em seguida, Afonso, ainda sob o efeito da anestesia, foi conduzido para fora da sala de cirurgia.

Ao sair, suas mãos estavam imobilizadas e envoltas em aparelhos específicos, de modo que não se podia ver seu estado.

Henrique, ao se aproximar dos Araújos, informou: “A cirurgia foi um sucesso. O senhor Afonso precisará de um período de recuperação antes de iniciar a reabilitação, assim que a ferida estiver completamente cicatrizada.”

Os Araújos, aliviados com a segurança de Afonso, começaram a procurar pelo médico responsável.

Percebendo o olhar ansioso deles em direção à sala de cirurgia, Henrique esclareceu: “O Dr.F.S já saiu por outra porta do bloco cirúrgico.” Com isso, desfez qualquer esperança que tinham de encontrar pessoalmente o Dr.F.S naquele momento.

Embora um pouco decepcionados, os Araújos se consolaram com o sucesso da cirurgia de seu filho, sentindo uma alegria que superava qualquer sentimento de perda.

Em outro aposento, ligado por uma porta secundária do bloco cirúrgico, Débora estava deitada, recebendo soro.

Seu rosto estava pálido e coberto por uma fina camada de suor.

Ela não tinha nada grave, apenas se sentia debilitada.

Afinal, manter uma concentração intensa por cinco horas em uma cirurgia é extremamente desgastante tanto física quanto mentalmente.

E a condição física de Débora já não era das melhores.

Assim que a cirurgia acabou, Débora começou a sentir tonturas.

Glória a amparou rapidamente, levando-a para um quarto ao lado e iniciou a hidratação intravenosa sem hesitar, visando recuperar suas energias.

“Querida, estou te avisando, não aceite mais cirurgias longas e desgastantes até completar 18 anos.”

Glória sabia que aquela cirurgia era imprescindível para Débora, mas não gostaria que se repetisse.

“O quê? Você não gosta do meu método?”

Glória estreitou os olhos, e Henrique pôde sentir um certo perigo emanando dela.

“Não, não é isso, Glória, você entendeu errado. O que eu quero dizer é que irmã Débora é mais delicada, não seria ruim se ela se machucasse? A sua maneira inevitavelmente envolve alguns riscos.”

Pensando bem, Glória concordou que Henrique tinha um ponto válido.

Ela estava acostumada a lidar com quedas e contusões, mas irmã Débora certamente não estava preparada para isso. Como poderiam submetê-la a tal tratamento?

“Tudo bem, então como você sugere que procedamos?”

“Bem, nosso instituto tem um nutricionista, não tem? Que tal deixá-lo avaliar a condição física da irmã Débora e oferecer recomendações adequadas? Claro, isso pode ser combinado com algum exercício físico moderado.”