Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 229

A Senhora Araújo avançou um passo e puxou Débora para o seu lado: "Você, como irmão mais velho, ainda pensa em agir de maneira irresponsável com sua irmã? Quer que a querida te chame de irmão de forma carinhosa? Nossa querida é razoável, só quem a trata bem pode ser chamado de irmão. Você vive a maltratá-la, e ainda quer que ela te chame assim, o que está pensando?"

Sonhando acordado.

A Senhora Araújo ainda pensava que Vicente chamava Débora de "pequena ranhosa" e a envergonhava frequentemente porque não gostava dela.

As palavras da Senhora Araújo eram dirigidas a Vicente, mas por alguma razão, muitas pessoas no quarto sentiram como se fossem repreendidas da mesma forma.

Vicente ficou envergonhado com as palavras da Velha Senhora.

Ah, de qualquer forma, todos os netos já sabiam que apenas a caçula era filha biológica da avó, e que todos eles tinham sido adotados.

Samuel riu disfarçadamente ao lado, de que adiantava irmão empurrá-lo? Ainda assim, acabaria sendo repreendido pela avó.

Eduardo se aproximou, olhando intensamente para Débora, e perguntou hesitante: "Débora, como vão seus estudos recentemente?"

Por terem vivido separados por um tempo, Eduardo estava por fora de muitos aspectos da vida de sua filha.

Ao se encontrarem, não sabia por onde começar, então decidiu perguntar sobre os estudos.

Antes que Débora pudesse responder, a Velha Senhora tomou a palavra: "Querida está indo muito bem nos estudos! Não se preocupe, não é como se esta velha só soubesse mimar a neta e não ensinar, deveria pensar em quem a criou até ficar grande assim."

Quem ousaria questionar a educação dada pela Senhora Araújo?

Ela criou todos os três filhos!

"Mãe... não foi isso que eu quis dizer..." Eduardo, diante de sua mãe, não tinha argumentos.

"Se não foi isso que quis dizer, então está tudo bem." A Senhora Araújo então deixou Eduardo seguir conversando com Débora.

Eduardo continuou, com um tom suave: "Débora, o pai estava pensando em tirar alguns dias de folga daqui a pouco, para levar você e seus irmãos para passearmos um pouco, que tal?"

Débora respondeu a Eduardo: "Tenho que estudar, não tenho tempo."

Diante de Eduardo, Débora não conseguia definir exatamente o que sentia.

Ela sabia que este era seu pai biológico.

Mas "pai" para ela era um termo distante e frio.

Tudo o que ela podia fazer era responder às perguntas dele com seu pensamento racional.

Débora realmente não tinha tempo ultimamente, mesmo depois da cirurgia de Afonso, ainda havia uma grande quantidade de trabalho pela frente.

"Então... tudo bem, não tem problema, o pai espera até quando você tiver um tempo livre." Eduardo disse apressadamente.

No passado, sua filha adorava sair para brincar, sempre o puxando e lhe fazendo beicinho, dizendo que queria sair para passear no fim de semana.