Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 265

"Com a idade, muitas coisas se tornam menos importantes, o que tiver de ser, será. Não há necessidade de forçar demais."

Velho Sr. Araújo não apenas teve um momento de iluminação, mas também começou a falar sobre filosofia zen com a Sra. Vieira.

Justo quando a Sra. Vieira estava começando a pensar que talvez devesse aprender algo com o Velho Sr. Araújo.

Um funcionário se aproximou e disse a Velho Sr. Araújo: “Senhor Araújo, o senhor realmente não considera vender sua orquídea? Já tivemos várias ofertas muito altas pela compra dela na nossa exposição.”

“Não vendo, não vendo! Não importa o preço, não vendo!”

Velho Sr. Araújo foi firme em sua decisão, e o funcionário teve de se retirar sem ter alcançado seu objetivo.

Sra. Vieira arregalou os olhos: “Velho Sr. Araújo, o que está acontecendo? Essa nova variedade de orquídea foi trazida por você?”

Velho Sr. Araújo ergueu a cabeça, orgulho estampado em seu rosto: “Sim, é minha! Única no mundo inteiro!”

“Onde você conseguiu?” Sra. Vieira perguntou rapidamente, sua curiosidade quase a afogando.

“Não vou te contar!”

“Poxa, Velho Sr. Araújo, isso não é justo. Somos amigos de jardinagem há tantos anos, e você consegue uma nova variedade excepcional de orquídea e não compartilha nada comigo.”

“Se eu te contasse, você só ficaria mais invejoso.”

“Eh…” Sra. Vieira percebeu que havia alguma verdade nas palavras de Velho Sr. Araújo. Ela já estava roendo-se de inveja.

A curiosidade não era exclusividade da Sra. Vieira; Eduardo e os outros também estavam intrigados.

Eduardo não pôde deixar de perguntar a seu pai: “Pai, quando você começou a investir nessa pesquisa?”

Geralmente, o desenvolvimento de novas variedades requer a dedicação de especialistas em pesquisas.

Velho Sr. Araújo olhou para Eduardo, Patrícia, Gabriel e Afonso, todos com expressões confusas, e respondeu calmamente:

“Há muito tempo, comecei a investir nisso há quinze anos e gastei bastante dinheiro.”

O motivo era celebrar o fim dos exames de meio de termo da Débora.

Embora os resultados ainda não tivessem saído, isso não era o mais importante. O importante era que Afonso encontrou um motivo para dar um presente.

Embora ele não soubesse se conseguiria entregar.

Ao meio-dia, ele aproveitou o horário de descanso para ir até a porta da Classe 8.

Ele hesitou por um bom tempo na porta, olhando para Débora dentro da sala, sem conseguir chamar por ela e sem pedir para os colegas da Classe 8 chamá-la.

Nesse momento, Débora e Karina estavam sentadas em seus lugares.

Débora estava ocupada com suas coisas, aproveitando até mesmo o tempo de descanso ao máximo.

“Débora.” Karina falou de maneira desanimada, com a cabeça baixa sobre a mesa.

Débora virou-se para olhá-la…