Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 296

Na segunda-feira, Débora retornou à escola.

Produzido pela Circuito Tecnologia, o jogo "Invasão Zerg" havia se tornado um grande sucesso recentemente, e até a Escola Secundária Mariana não ficou imune a ele.

Durante os intervalos das aulas, era possível ouvir os colegas discutindo sobre o jogo.

Havia mais meninos jogando, mas também um número significativo de meninas.

Até mesmo Karina, que era conhecida por sua timidez, acabou jogando.

O processo psicológico dela era semelhante ao de assistir a filmes de terror.

Sabendo que poderia se assustar, ela enfrentava o medo.

Claro, sua habilidade era bastante limitada, com uma precisão de tiro terrível, conhecida ironicamente como Mestre do "contorno humano".

Sem previsão ou movimentação estratégica, frequentemente acabava entrando inadvertidamente no ninho do enorme Zerg, resultando em uma carnificina.

E, ocasionalmente, soltava gritos agudos de terror.

Quem não soubesse pensaria que ela havia sofrido algum infortúnio.

Mas Karina era persistente, enfrentando falhas repetidas vezes, sem desistir.

"Karina, você também está jogando 'Invasão Zerg'?", perguntou uma colega.

"Sim, mas sou terrível nisso."

"Ouvi dizer que recentemente começaram a organizar competições oficiais do jogo! Os vencedores podem ganhar prêmios em dinheiro bastante generosos!"

"Você está me superestimando. Esse tipo de competição não tem nada a ver comigo", disse Karina, sem acreditar que teria qualquer chance.

"Nossa turma já tem vários alunos que formaram equipes para se inscrever", disse a colega.

Agora, muitos dos meninos da turma estavam ansiosos para tentar.

"Invejo, só posso jogar nos finais de semana. Fora isso, não posso nem tocar no computador. Mesmo que eu tivesse habilidade, não teria tempo... A vida é solitária como a neve."

Karina virou-se para perguntar a Débora: "Débora, você joga esse jogo?"

Os meninos olhavam para Karina e Débora com sorrisos brincalhões.

As duas eram as meninas mais baixas da turma.

Especialmente Débora, que além de bonita, tinha uma voz doce.

Um "irmãozinho" dela com certeza soaria adorável.

Débora costumava ser mais agressiva e dominadora, e eles não ousavam brincar assim com ela.

Mas recentemente, começaram a ver Débora de outra maneira, ganhando coragem para brincar com ela.

"Não, podemos subir de nível sozinhas, mesmo que sejamos derrotadas, talvez eu me acostume com isso", disse Karina, adotando uma abordagem mais zen.

"Vocês duas conseguirem não perder níveis já é bom o suficiente, subir de nível então, só um 'irmãozinho', vai! Nós somos todos mestres da categoria Mestre, levar alguém do Bronze é fácil, em meio dia podemos levar vocês ao Ouro, ou até Platina."

Karina pareceu um pouco persuadida, olhando para Débora.