Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 312

【Será que isso é um caso de "cão que morde cão"?】

【Este espetáculo realmente está muito animado, já estou cheio de assistir.】

【Tem mais alguma novidade? Ainda aguento mais, se tiver, por favor, continue trazendo, sem cerimônias comigo!】

Zélia jamais poderia imaginar que as mensagens em que Sra. Vieira a ajudava a fazer contatos seriam expostas na internet dessa forma.

Isso, originalmente, não era considerado algo grave.

Afinal, utilizar contatos é algo bastante comum no meio artístico.

Entretanto, sob o calor da atenção que já existia, essa situação também se tornou um ponto de crítica para muitos.

Ao ver as notícias relacionadas, Sra. Vieira não apenas manteve-se serena, como também enviou uma mensagem para Zélia, aconselhando-a a não levar para o lado pessoal, pois tais situações são corriqueiras no meio artístico. Para se firmar nesse ambiente, não se pode dar demasiada importância a isso.

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Naquela tarde, Francis viu Débora sozinha sob uma árvore no quintal, ocupada com algo que ele não conseguia identificar à distância.

Francis se aproximou.

Ao chegar mais perto, ele viu Débora retirando da terra um caixa de ferro enterrada.

Ao ver a caixa suja de terra e coberta de ferrugem, a expressão dos dois irmãos mudou ligeiramente.

Débora, observando a caixa à sua frente, sentiu um arrepio.

Era real.

Então, o seu sonho não era apenas um sonho?

Essa realização deixou Débora um pouco atordoada.

Francis parecia olhar através da caixa de ferro, lembrando-se do dia em que ele e sua irmã a enterraram.

A pequena teve essa ideia não sei de onde, insistindo em criar uma cápsula do tempo e enterrá-la juntos.

Assim, eles a enterraram sob essa árvore na antiga casa da família.

Já se passaram dez anos desde então.

Débora olhou para Francis, trocando um olhar com ele.

Após um breve silêncio, Débora, abraçando a caixa, sentou-se apoiada no tronco da árvore.

Transtornos emocionais, doenças psicológicas são doenças reais, incontroláveis tanto do ponto de vista humano quanto da consciência.

Percebendo que ela sabia, Francis fez uma pausa, olhando nos olhos de Débora, sentindo uma mistura de tristeza e calor no coração.

"Você tem medo?" A voz de Francis carregava uma tensão sutil.

"Não."

Não tinha medo? Ele pensou que a assustaria, destruindo a imagem que ela tinha de seu irmão.

Débora acrescentou: "Você está bem agora, não vai me machucar."

Francis sorriu gentilmente.

Uma simples negação de medo, como um raio de sol iluminando seu coração.

Ele se recostou no tronco da árvore, o olhar aquecido por uma nova ternura.

"Débora, eu vou tomar minha medicação direitinho, vou melhorar logo."

Francis prometeu a Débora.