Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 324

"Você aprendeu." Sérgio exibiu um sorriso largo, seus olhos brilhando com uma luz tênue.

Débora ergueu o olhar para Sérgio.

"Para de olhar assim, não cansa o pescoço desse jeito?"

Baixinha, cansada de olhar para cima, implacável.

Débora rapidamente baixou a cabeça.

Então, uma risada baixa de Sérgio ecoou acima dela.

Ridicularizada...

Eles dançavam no salão com elegância.

Ambos de aparência notável, destacavam-se na dança mais do que os outros.

Era a primeira vez que Vanessa via Sérgio ser tão paciente com uma moça.

Já não era apenas uma questão de dançar com uma garota.

Além disso, os olhares e gestos de Sérgio enquanto ensinava a dança eram surpreendentemente gentis.

Vanessa tinha certeza de não estar enganada, era definitivamente mais suave do que o habitual.

Otávio observava Sérgio e Débora dançarem, quando o mordomo da família Cunha se aproximou e lhe disse:

"Senhor, você também deveria convidar uma dama para dançar."

"Entendi." Otávio franzia a testa, relutante, mas não recusou.

Ele sabia que, após reconhecer sua ascendência, teria de lidar com essas formalidades.

Zélia estava parada entre a multidão.

De repente, Otávio se aproximou dela, convidando-a para dançar.

Otávio não se lembrava de Zélia, apenas escolheu aleatoriamente uma mulher de idade próxima à sua no meio da multidão.

E Zélia era a mais próxima.

A surpresa do convite a deixou paralisada no lugar.

A felicidade veio de forma tão abrupta.

"Com certeza, uma combinação perfeita de talentos e beleza, embora eu ainda sinta um pouco de ciúmes."

"Por que vocês acham que o Sr. Cunha a escolheu como sua parceira de dança?"

"Por sua beleza, claro! Vejam como ela é elegante e graciosa, se eu fosse homem, também a escolheria! Em comparação, aquela senhorita séria dançando ali parece um pouco..."

...

Quando a música terminou, todos saíram do salão de dança.

Zélia estava prestes a dizer algo a Otávio, mas ele já havia soltado sua mão, caminhando rapidamente em direção a Débora.

Entregou-lhe uma caixa que havia preparado antecipadamente.

"Obrigado."

Otávio, antes sem condições econômicas, não podia presentear Débora com algo valioso.

Mas ele sempre se lembrava da bondade de Débora.

Nas últimas vezes que foi ao instituto de pesquisa visitar sua mãe, não encontrou Débora.