Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 332

“Não foi aberto.”

Débora nem sequer tinha interesse no presente que Otávio havia dado, então ela nem chegou a abrir o presente que ele enviou.

Então era isso, não tinha sido aberto.

Willian pensou consigo mesmo que, se fosse ele, já teria aberto há muito tempo.

Sérgio já estava com os olhos semicerrados, provavelmente planejando tirar uma soneca durante o trajeto.

Vários carros pararam em frente ao Instituto de Pesquisa Médica Santos, onde todos tiveram que passar por uma inspeção antes de poderem entrar no instituto.

Quando chegou a vez de Débora, os funcionários simplesmente a ignoraram.

Willian ficou surpreso, o que estava acontecendo com os funcionários do instituto? Velho Sr. Pires e Sérgio não conseguiram evitar a inspeção de rotina, como Débora conseguiu ser ignorada?

Será que era por ela ser mais jovem?

Ou talvez porque ela era uma menina?

Não fazia sentido!

Todos entraram no instituto, e o Prof. Faro veio receber os Pires.

“Velho Sr. Pires, Sr. Pires, como esta tarefa foi designada pela divisão de investigação criminal, vocês só poderão observar de fora da sala de autópsia; não poderão entrar na sala de autópsia, muito menos participar diretamente do processo de autópsia.”

Prof. Faro estava um pouco nervoso ao enfrentar Velho Sr. Pires.

Mas ainda assim, ele precisava deixar as regras claras.

Eles eram uma instituição médica formal, e, recebendo um caso da divisão de investigação criminal, tinham que seguir os procedimentos corretos, não importa quem viesse.

“Eu entendo.” Velho Sr. Pires assentiu.

E então eles entraram juntos no instituto.

Willian notou que Débora ainda estava acompanhando-os.

Até mesmo Velho Sr. Pires ficou curioso.

Por que essa jovem continuava seguindo-os?

Eles continuaram até chegar ao vestíbulo da sala cirúrgica.

Débora trocou para o traje cirúrgico e entrou na sala de autópsia.

Então, através da janela de vidro, eles viram Débora se aproximar de uma pilha de ossos.

Ela pegou calmamente um crânio, examinando-o repetidamente...

Willian sentiu-se um pouco tonto.

Era um verdadeiro crânio, não falso, não um modelo!

Débora estava realmente segurando-o em suas mãos!

Sérgio também estava observando através da janela de vidro.

Débora agia com habilidade, seu semblante sério.

Enquanto observava, um sorriso involuntário surgiu em seus lábios.

Após uma hora, Débora saiu da sala de autópsia e reportou aos presentes:

“O relatório relevante já foi carregado no computador, o líquido extraído dos dentes será enviado para teste de DNA, e o crânio será enviado para reconstrução facial...”