Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 347

Armando dirigiu-se diretamente à sala da turma avançada do terceiro ano do ensino médio. Os colegas de classe ficaram surpresos e curiosos ao vê-lo entrar.

Não era Armando quem iria encontrar-se com a nova "irmã mais velha" que ele acabara de reconhecer? Por que ele veio para a sala deles?

Armando caminhou diretamente até Zélia e a confrontou:

“Por que você mentiu para mim?”

Os olhos de Armando brilhavam de fúria.

Se fosse outra pessoa, talvez ele não ficasse tão irritado.

Mas justamente por ser Zélia, ele estava furioso.

“O quê, o que…” Zélia, vendo Armando furioso, ficou sem saber o que fazer.

“O que você acha? Você disse que a família Araújo te acusou injustamente, mas eles têm provas concretas, que foi a sua mãe quem agiu de má fé, e agora você ainda diz que eles te acusaram injustamente e veio chorar para mim, você… você está me usando?!”

Armando estava furioso e magoado.

A garota que ele queria proteger em silêncio.

Acabou por enganá-lo.

“Eu não...” Zélia mordeu o lábio inferior. O questionamento de Armando e o olhar dos colegas ao redor a fizeram tremer de frio.

Até aquele momento, Zélia ainda acreditava que sua mãe estava inocente.

Ela pensava que os rumores externos eram uma conspiração da família Araújo, feita para prejudicar a ela e à sua mãe em favor de Débora, sem se importar com a vida ou morte delas.

Ela não tinha mais ninguém para pedir ajuda, e Armando estava disposto a ajudá-la.

De fato, ela fez com que Armando fosse atrás de Débora intencionalmente, mas isso também foi forçado pelos Araújos.

Eles trataram ela e sua mãe dessa forma, o que havia de errado em revidar?

Quando ele correu para encontrá-la agora, ainda esperava ouvir dela uma explicação.

Por um momento, ele ainda esperava que tivesse entendido errado.

A menina gentil, limpa e maravilhosa em suas lembranças, já não podia mais ser associada à pessoa diante dele.

Apesar de seu rosto estar coberto de lágrimas, ele não conseguiu sentir simpatia.

Armando virou-se e saiu da sala da turma avançada do terceiro ano.

“Armando... Armando...”

Seus subordinados, preocupados, correram atrás dele.

Era a primeira vez que viam Armando daquele jeito.