Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 464

Por não saber por qual portão Débora entraria na escola, Afonso foi até a entrada do prédio de experimentos da faculdade de Medicina para esperá-la.

Débora tinha uma reunião com o Prof. Ferraz, que naquele momento estava justamente no prédio de experimentos.

Após meia hora de espera, Afonso finalmente viu Débora se aproximar.

Ainda era outubro, e o clima estava bastante quente.

Débora vestia uma blusa de mangas curtas em tom claro, calça jeans preta, cabelo preso em um rabo de cavalo, uma aparência limpa e arrumada.

Afonso apressou-se ao encontro dela, "Débora."

Sua voz transbordava alegria e excitação.

"Hm," Débora parou, observando Afonso correndo em sua direção com entusiasmo, sem saber bem como reagir.

"Isso é para você. Bem-vinda à nossa escola." Afonso sorria, olhando intensamente para Débora.

Talvez eles não pudessem ser tão íntimos como antes, mas ele esperava que, pelo menos um dia, pudesse ouvi-la chamá-lo de "irmão".

"Obrigada," disse Débora, agradecendo.

"Vou te acompanhar até o professor, pode ser? Ele está no laboratório no final do corredor, no quarto andar."

Para poupar Débora de perder tempo procurando, Afonso já havia se informado anteriormente.

"Obrigada," Débora agradeceu novamente.

A cada "obrigada" de Débora, Afonso sentia uma pontada de amargura.

A Débora de antes jamais diria "obrigada" por algo assim, em vez disso, ela agarraria seu braço e o elogiaria: irmão Afonso, que bom!

Sob a companhia de Afonso, Débora foi ao encontro do professor.

No laboratório, ao ver Débora, o professor a examinou de cima a baixo repetidamente.

O Prof. Ferraz já sabia que a estudante de intercâmbio era compatriota.

Também tinha ouvido que ela era uma estudante muito valorizada pelo Prof. Hyde.

Mas ao vê-la pessoalmente, o Prof. Ferraz não pôde deixar de se surpreender.

Gênios, qualquer um que se aproxime da Universidade Capital pode ser considerado um gênio, um destaque entre os demais.

"Ei? Sua irmã? Aí sim que você está sendo injusto!"

Os três colegas de quarto sorriram radiantes para Débora.

Afonso apressou-se: "Não falem besteira, minha irmã ainda é jovem."

"Quanto anos ela tem?"

"Só dezessete!"

Ainda não fez dezoito, então é dezessete!

"Já é idade para namorar."

"Oi, irmãzinha, somos os colegas de quarto do seu irmão."

Os três rapazes estavam falando, quando de repente uma figura apareceu atrás de Débora.

"Este aqui já tem dono."

Ao ouvir a voz familiar, Débora virou-se e viu o rosto conhecido de Sérgio.