Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 505

Seguindo, dirigiu-se a Sérgio e disse: “Sr. Pires, agradeço-lhe por ter se disponibilizado anteriormente para transportar, normalmente, como médico particular, é minha responsabilidade cuidar da saúde do empregador, mas não faz sentido exigir que o empregador se desloque para fazer o transporte. Portanto, a partir de hoje, deixe que eu, como irmão, assuma a responsabilidade de transportar minha irmã!”

Jacinto sorriu com os olhos, mantendo uma aparência cortês e educada, mas com segundas intenções por dentro.

Não era só Sérgio que podia usar suas responsabilidades de médico particular como desculpa, ele também poderia!

Então, Jacinto entrou com os dois no elevador, que desceu até o estacionamento no subsolo.

Jacinto pediu diretamente para Débora entrar em seu carro.

Débora hesitou por um momento, mas acabou entrando no carro de Jacinto.

Jacinto ligou o carro e saiu, deixando o local com confiança.

Ao passar por Sérgio, ainda baixou a janela do carro e deu a ele um sorriso de satisfação.

Depois de deixar o estacionamento, Jacinto olhou para Débora, que estava no assento do passageiro.

Um rosto limpo, tranquilo e indiferente.

O sorriso no rosto e nos olhos de Jacinto desapareceu sem que ele percebesse.

No espelho, seus olhos pareciam profundos.

Em sua mente, apareceu uma lápide, com uma foto em preto e branco do falecido.

Jacinto deixou Débora na escola e, ao se despedir, ficou observando-a se afastar enquanto permanecia no carro.

Por um momento, Jacinto quis perguntar a Débora se ela poderia chamá-lo de "irmão Jacinto" como antes, se eles poderiam sorrir despreocupadamente como antes.

Se eles, a família Araújo, poderiam voltar a ser como antes...

Os móveis no jardim mostravam sinais do tempo.

Sentados frente a frente, Antônio foi direto ao ponto: “Sr. Silva, ouvi dizer que vocês assumiram o caso médico do meu primo Renan Cunha?”

Zaqueu manteve-se sereno e equilibrado em sua resposta, sem mostrar demais: “Sr. Cunha, sobre essa questão, o senhor não deveria ter ouvido falar, poderia ter obtido uma resposta direta do próprio Sr. Renan.”

Enquanto falava, Antônio observava Zaqueu: “Sr. Silva, sinceramente, estou muito feliz que vocês tenham aceitado o caso do meu primo.”

“Mas, obviamente, Sr. Cunha, o senhor não veio aqui para falar sobre o que o deixa feliz.”

“Correto,” Antônio não rodeou mais, “o que eu realmente quero discutir com o Sr. Silva é outra questão. Gostaria de propor um acordo. Se meu primo transferir sua participação acionária como pagamento para o seu Hospital Floresta Marítima, estou disposto a pagar um bom preço por ela.”

“Sr. Cunha, como diz o ditado, para que haja um negócio, é necessário que uma parte queira vender e a outra queira comprar. Atualmente, como a transferência ainda não foi realizada, não podemos dar uma resposta definitiva.”

“Sr. Silva, posso assegurar que não deixarei que tenham prejuízo.”