Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 522

Então, Otávio e Zélia só podiam esperar.

Durante a espera, eles caminharam pelo escritório e, no meio da multidão de candidatos, avistaram Débora.

Agora, os participantes do processo seletivo estavam se deslocando do local do primeiro teste para outra sala, onde ocorreria a segunda prova.

Otávio viu Débora entre a multidão e, imediatamente, seu rosto se iluminou de alegria, caminhando diretamente até ela.

"Débora, o que você faz aqui?" A fala e a expressão de Otávio transbordavam sua emoção e felicidade ao vê-la.

"Estou resolvendo umas coisas." Débora explicou.

Ela não estava ali para fazer os testes; veio para fiscalizar.

"Quando você vai embora? Posso te levar em casa?" Otávio ofereceu.

"Não precisa." Débora recusou de forma decisiva e firme.

Com Zélia ao lado de Otávio, ela definitivamente não se envolveria.

"Então, deixa eu te fazer companhia por mais um tempo, ainda falta bastante para o próximo teste começar."

Otávio olhou para o relógio, faltavam ainda trinta minutos para o início da segunda prova, e, como ainda estava esperando alguém, decidiu ficar ali com Débora.

"Não é necessário." Débora recusou novamente.

Ela não queria se misturar com os dois.

Mas Otávio insistiu de forma incomum.

Zélia, observando e ouvindo ao lado, sentia como se fosse espetada por espinhos, cada palavra penetrando como sangue.

Por mais que Otávio repetisse que não sentia nada do tipo por Débora, suas ações falavam mais alto.

Será que ele realmente não tinha sentimentos por Débora?

Zélia começava a duvidar.

Afinal, ela pensava que havia uma chance entre ela e Otávio.

Eles se davam tão bem.

Eles poderiam ter uma conexão de corações.

Por que Débora tinha que aparecer? Por que tinha que arruinar o que poderia ser perfeito entre eles?

Os funcionários perguntaram a Zélia: "Você lembra quando perdeu o cartão?"

Zélia, pensando cuidadosamente, respondeu suavemente: "Eu mostrei o cartão na entrada. Depois, coloquei-o na minha bolsa, e quando fui olhar agora, ele tinha desaparecido."

Como o cartão representava o VIP do Hospital Floresta Marítima, relacionado ao hospital, eles sentiam a obrigação de investigar.

Então, os funcionários perguntaram se poderiam verificar as bolsas das pessoas presentes.

Todos concordaram.

Quem não tinha roubado, não tinha o que temer.

E, como estavam ali para fazer um teste, não havia nada incriminador nas suas posses.

Todos tiveram suas bolsas verificadas, e nada foi encontrado.

Então, os funcionários decidiram procurar nos corredores, onde o cartão poderia ter caído.

"Não falta verificar a bolsa de alguém?"

Alguém disse de repente, apontando na direção onde Débora estava.