Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 544

Os seguranças de Sérgio tornaram-se cada vez mais cautelosos.

"Senhor, devemos esperar os outros chegarem antes de entrar?"

Sérgio simplesmente ignorou o comentário e seguiu o homem para dentro do edifício.

Uma vez lá dentro, percebeu que o ambiente era diferente do exterior.

Parecia um lugar comum de trabalho.

Líder Reis levou Sérgio ao segundo andar, até a porta do laboratório de anatomia, e entrou.

Sérgio avançou rapidamente para dentro, chegando a uma sala de troca de roupas e desinfecção.

Através de um vidro, viu Débora ocupada lá dentro.

Os dois seguranças, ao verem a cena, quase não resistiram, exatamente como Líder Reis havia dito.

Por mais treinados que fossem, eram apenas seguranças.

E essa situação era estranha para eles.

Sérgio, por outro lado, não mostrou reação. Observando Débora trabalhando seriamente, a ira em seus olhos se dissipou.

Na verdade, Sérgio já havia percebido algo do lado de fora.

Mas, sem ver Débora pessoalmente, ele não podia ficar completamente tranquilo.

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Débora só percebeu a presença de Sérgio quando terminou seu trabalho.

"Como você veio parar aqui?" Débora perguntou a Sérgio.

"Estou esperando para te levar para casa." Sérgio respondeu, sem mencionar o incidente anterior.

Débora era inteligente e tinha um bom raciocínio.

Ela se lembrou que Líder Reis havia mencionado que eles tinham despistado um grupo que os seguia.

Agora, vendo Sérgio, Débora deduziu o que tinha acontecido.

"Você pensou que algo tinha acontecido comigo?" Débora perguntou a Sérgio.

Sérgio desviou o olhar, não respondendo diretamente à pergunta de Débora.

Mas ela entendeu a resposta.

Débora estendeu a mão, dando tapinhas no peito de Sérgio: "Não se preocupe, estou bem. Sei me proteger e não vou te deixar preocupado como da última vez."

A mão pequena e suave batendo levemente no peito.

Um gesto de consolo não exatamente padrão.

Mas era o símbolo do esforço dela em querer tranquilizá-lo.

Débora tocou seus lábios que Sérgio havia beijado, pensativa.

Vendo-a assim, Sérgio também desviou o olhar.

Ele não sabia o que a jovem estava pensando agora.

Bom, melhor não aprofundar.

Se aprofundar... ele temia repetir os mesmos erros.

"Isso é... o seu presente de aniversário."

Sérgio não virou para olhá-la, mas falou com um tom um tanto autoritário e visivelmente nervoso.

Débora não respondeu.

Sérgio continuou: "Não despreze, é algo que eu guardei por vinte e dois anos!"

Débora murmurou baixinho: "Mas eu também nunca fui beijada por ninguém."

"Bem, se for o caso, posso te devolver o beijo."

"..."

"Você quer?"

"Não, não sou tola." Ela pode parecer jovem, mas não é tola. Ela sabia o que um beijo poderia significar...