Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 595

Débora permaneceu no lugar, sem qualquer intenção de partir.

Isso fez com que a expressão dos seguranças se tornasse mais sombria.

Sua falta de cooperação dificultava muito a situação para eles.

"Como é que essa moça pode agir dessa maneira?"

O tom do guarda-costas transparecia desdém.

Ele detestava ter que lidar com alguém que, sem motivo algum, lhes causava transtornos e aumentava a carga de trabalho.

Toda vez que se deparavam com alguém causando confusão, sentiam-se bastante incomodados.

Ryan observou por um momento e, achando que não valia a pena continuar ali, decidiu levar Zélia para longe.

"Melhor a gente não se meter, deixemos os seguranças cuidarem disso."

No entanto, Zélia não queria ir; ela estava interessada em continuar observando: "Eu quero ver mais um pouco."

Ryan respeitava muito Zélia; se ela queria ficar, ele ficaria com ela, sem questionar.

Embora ele mesmo não visse o que havia de tão interessante.

Não passava de uma moça excêntrica, agindo sem noção, querendo a todo custo ver o presidente da empresa, não é?

Ryan fez questão de perguntar à recepcionista: "O presidente tem alguma reunião agendada hoje?"

"Está agendado com o Sr. Sousa," respondeu a recepcionista.

Sr. Sousa?

"Ah, eu conheço, é o sócio da Assistência Médica Brilhante, e também um renomado especialista em materiais biológicos."

Ryan já havia ouvido falar do Sr. Sousa, mencionado pelo próprio presidente.

"Sim, então essa senhorita dizendo que tem um agendamento certamente está equivocada," explicou a recepcionista.

Ryan assentiu.

Ele virou-se para Zélia e perguntou: "Você já ouviu falar desse Sr. Sousa?"

"Eu conheço a Assistência Médica Brilhante. É uma tradicional empresa de equipamentos médicos. Mas estava passando por dificuldades financeiras, até que, há dois anos, lançaram um novo produto e conseguiram reverter a situação," Zélia estava bem informada.

Ela se arrependia de suas ações naquele dia, mas odiava ainda mais Débora.

Sua irracionalidade naquele momento foi alimentada pelo ódio que sentia por Débora, um ódio que a cegou.

Foi então que uma mulher na casa dos trinta anos apressou-se para fora do elevador exclusivo do presidente, caminhando rapidamente em direção à recepção.

"Presidente."

"Presidente."

Os seguranças e outros funcionários que passavam faziam reverências.

A mulher de meia-idade não dava atenção a eles, seus olhos estavam fixos em alguém na recepção.

"Minha querida! Desculpe a espera!"

A mulher abriu os braços, tentando abraçar Débora.

Débora deu um passo para trás, aumentando a distância entre elas e evitando o abraço.