Atravessando: Da Coadjuvante à Protagonista romance Capítulo 661

Dra. Penha continuou repreendendo Débora: “Como assim? Ficar em silêncio é o quê? Muda? Se for muda, então não deveria ser médica! Médico precisa aprender a se comunicar com os pacientes! Você, que só sabe falar teoricamente, só sabe lidar com questões e dados, definitivamente não vai ser uma boa médica!"

“Você precisa aprender direito como falar, como se comunicar com os pacientes! Se não conseguir aprender, então não seja médica, volte para casa! Eu já orientei tantos estagiários, e você é, de longe, a pior que já encontrei! Definitivamente, você é a estagiária mais incapaz que já tive até agora!"

“O que você está esperando aí parada? Não vai logo aprender com os outros colegas?"

Ao ver que Débora continuava ali parada, Dra. Penha a pressionou impacientemente.

Depois que Débora saiu, um médico do mesmo consultório falou, tentando suavizar a situação com um sorriso: “Dra. Penha, a garota ainda é tão jovem, seja um pouco mais gentil para não fazê-la chorar."

“Se chorar, chorou. Mandar esse tipo de pessoa para a nossa Universidade Capital é realmente uma perda de tempo." A expressão e o tom de voz da Dra. Penha eram de desdém.

O hospital associado à Universidade Capital não é apenas um hospital de nível três, mas também é conhecido nacionalmente como um excelente hospital. Os estudantes de medicina que conseguem fazer estágio aqui estão entre os melhores.

E este ano, eles receberam alguém tão inadequado, incapaz de fazer uma simples pergunta a um paciente, com uma confiança sem fundamento de que um paciente precisava de cirurgia. Que absurdo.

Outro médico do departamento, curioso, perguntou: “Não dizem que essa Débora é uma das melhores alunas? Que pulou séries e terminou a graduação mais cedo? Eu estava até ansioso para vê-la em ação."

Dra. Penha desdenhou dessa afirmação: “Você não tem ideia de quão exagerada ela foi. Insistiu que uma criança com gastroenterite precisava de cirurgia. Desde quando ela decide se uma cirurgia é necessária ou não? Apenas alguns anos estudando medicina, vendo alguns pacientes, e já se acha médica, já se considera especialista? Estou sendo rigorosa com ela agora para o bem dela. Se ela cometer um erro por causa de sua arrogância na prática real, será tarde demais."

Dra. Penha bufou de irritação.

O médico do departamento balançou a cabeça, resignado.

Débora simplesmente não sabia como se portar socialmente.

Débora tinha muitas coisas para fazer recentemente. A construção do novo setor do Hospital Floresta Marítima exigia sua atenção pessoal, e ela não tinha tempo para se preocupar com alguém que, para ela, não tinha tanta importância.

“Mas assim, você vai ter dificuldades daqui para frente." A colega insistiu.

“Não tem problema." Débora pareceu não se importar muito.

“Ah, não sei se isso é bom ou ruim." A colega balançou a cabeça, resignada, e então se concentrou em suas próprias tarefas, deixando Débora em paz.

Afinal, elas não eram tão próximas, e se Débora não queria ouvir, não havia muito o que ela pudesse fazer.

Boa noite.