Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1056

Já era tarde da noite.

As luzes da Vila Costa foram se apagando, perdendo o brilho ostentoso de antes, restando apenas algumas dezenas de luzes de corredor, ainda iluminadas com um brilho aconchegante, porém fraco.

A mansão estava silenciosa, todos tinham ido descansar. Camila saiu de seu quarto, olhou ao redor para se certificar de que não havia ninguém, e tomou um caminho mais longo até chegar à frente de outra porta. Antes de girar a maçaneta, ela olhou em volta mais uma vez.

Certificando-se de que não estava sendo seguida, entrou rapidamente e trancou a porta atrás de si.

O homem dentro do quarto a repreendeu ao perceber sua chegada: "O que você está fazendo aqui? Se alguém te ver..."

"Dei uma olhada ao redor e ninguém está seguindo ......"

Camila se serviu de um copo de água e o bebeu, depois esmagou o copo descartável com raiva.

"Essa piranha realmente pensa que manda em alguma coisa..." - disse o homem, com um lampejo de intenção assassina em seus olhos, claramente insatisfeito com as ações de Maísa Neves.

"Exatamente, não consigo engolir essa situação!" - Camila disse com raiva: "Eles intimidaram ela várias vezes, achando que Mariana era mole e fácil de intimidar!"

"No futuro, para coisas como essa, basta me enviar um WhatsApp e me dizer. Não precisa vir até aqui." - O homem não pôde deixar de advertir enquanto falava: "As paredes têm ouvidos".

"É que eu estava com saudades..." - Camila de repente se aproximou para abraçá-lo, exibindo um ar de fragilidade feminina: "Você não me procura faz tempo... já são quatro ou cinco meses..."

Parecia que desde que Mariana havia terminado o ENEM e as férias de verão começaram, ele não era mais tão entusiasmado como antes...

O homem resistiu um pouco à proximidade dela, falando friamente: "Não faça barulho, temos coisas importantes para resolver..."

"Olha só para você, sua piranha, seduzindo até aqui..." - Camila começou a bater nela.

"Ah, Camila, eu não sabia que o Alexandre era seu homem ..." - Zinha cobriu o rosto com as mãos, implorando por misericórdia: "Se eu soubesse, jamais teria ido para a cama com ele..."

"Vamos ver o que eu vou fazer com você, sua descarada..." - Camila gritou enquanto a esbofeteava e a estrangulava: "Se fazendo de coitada como a Salete, mas quando viu que o Senhor não se interessava, virou seus olhos para o Alexandre!"

Zinha gritou de dor.

"Camila, chega!"

Alexandre, enfurecido, puxou Camila para fora da cama.