Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1060

Logo cedo no dia seguinte, Carlos e Nair Pires levantaram-se bem cedo e sentaram-se no sala de estar em silêncio, esperando.

Vendo seus olhares se voltarem de vez em quando para o andar de cima, Dona Maria não resistiu e perguntou:

"O senhor e a senhora estão esperando Dona Isabella acordar?"

Nair Pires assentiu com a cabeça: "Queremos esperar por ela para tomar o café da manhã juntos."

"A Sra. Isabella saiu de casa antes do amanhecer, carregando uma mochila. Parece que está planejando uma viagem longa."

"Você está dizendo que Isabella já saiu?" - Nair Pires expressou surpresa, já que eram apenas pouco depois das sete da manhã. Para onde a menina estaria indo com a bagagem?

"Será que ela foi para a escola? Levou algumas roupas limpas para trocar?" -

Carlos tentou acalmar: "Dê uma ligada para ela e pergunte."

Se não houver nada na escola, talvez pudesse pedir licença para viajar para o exterior.

Nair Pires discou o número, mas a resposta do sistema foi gelada: O telefone que você está tentando alcançar está desligado.

"Vamos partir." - Nair Pires olhou para Carlos: "Ontem à noite meu irmão me disse que a saúde da nossa mãe não está boa, estou preocupada que algo possa acontecer, quero vê-la o quanto antes."

"Eu queria que Isabella desse uma olhada na mãe... talvez haja uma chance de melhora? Vamos esperar mais um pouco, talvez ela esteja em aula e não possa atender o telefone. Mande uma mensagem para ela." - Carlos acreditava na habilidade médica de sua querida filha, e havia uma esperança em seu coração.

Nair Pires enviou uma mensagem e esperou em silêncio por duas horas. O celular de Isabella permaneceu desligado. Por fim, ela se levantou e disse: "Vamos para o exterior, e quando Isabella responder, se for possível, pedirei que ela nos encontre lá fora."

"Tudo bem." - Carlos colocou a mão no ombro da esposa e consolou: "Não se preocupe tanto. Vou entrar em contato com mais alguns médicos e levá-los para o exterior para ajudar a mãe."

"Senhor, não fique triste..." - A empregada de cabelos curtos ao lado não resistiu a consolar: "A Sra. tem seu próprio destino, ela certamente passará por essa provação com uma vitória."

"Você tem certeza de que a moça que encontrou é brasileira?" - Marcos Pires voltou seu olhar atraente para a empregada.

Ela assentiu. Na última vez que levaram a senhora para um check-up, o carro foi atingido por um ônibus, e a senhora teve uma crise cardíaca. Foi uma jovem brasileira que passava por lá que veio ajudar.

"Ela era muito bonita, daquelas que chamam a atenção onde quer que estejam. Seu cabelo estava preso em um coque, tinha um ar frio, não falava muito, e eu nunca a vi sorrir, mas dava para sentir a bondade vinda do coração dela."

A empregada ainda se lembrava da aparência de Isabella, com traços delicados e uma elegância que lembrava uma flor de lótus. Se ela não fosse tão desajeitada com as mãos, teria tentado desenhar a jovem.

"Ela foi incrível, aplicou algumas agulhas na senhora que logo conseguiu respirar... Ela também sabia que a senhora estava muito fraca e nos lembrou de tomar muito cuidado ao cuidar dela diariamente."