Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1077

Será que esse homem enlouqueceu?

Logo depois, Arthur lhe enviou uma mensagem.

"Esses trinta milhões são porque eu não cumpri minha promessa de entregar o feijão preto hoje... é um pequeno pedido de desculpas, você tem que aceitar."

Isabella ficou com vários pontos de interrogação em sua cabeça, será que isso existe?

"Eu vou continuar procurando o feijão preto, mas você pode ficar com esses trinta milhões por enquanto, como um pedido de desculpas meu" - disse Arthur e fez questão de acrescentar: "você não precisa me devolver, o que eu der é seu".

"..." - Isabela ficou sem palavras, querendo transferir o dinheiro de volta, mas descobriu que ele a havia bloqueado.

"Não devolva o dinheiro, você tem que aceitá-lo."

Aceitar era a única maneira de possivelmente colaborar com ele no futuro... era o que o Arthur pensava.

Isabella não sabia bem o que dizer, mas já que era um "pedido de desculpas" dado a ela, então ela aceitaria.

Afinal, era dinheiro de graça.

Depois de um tempinho, ela terminou de ler as últimas páginas do prontuário médico e mandou uma mensagem para o Mark dizendo que ele podia vir buscá-la mais cedo.

O Mark estava tomando café da manhã quando recebeu a mensagem e já se levantou, animado que só ele, saiu sem nem terminar de comer e pegou o carro.

Na entrada do hotel, o Mark esticou o pescoço procurando pelo hotel e, quando viu a Isabela saindo, chamou ela com alegria: "Professora!!"

Ele correu para ajudar a Isabela com as bolsas.

"Não precisa, eu levo."

"Professora, a senhora está sendo muito formal, deixa o estudante cuidar dessas coisinhas" - O Mark insistiu em carregar as bolsas dela e abriu respeitosamente a porta do carro para ela.

O Mark sabia que aquele ‘professora’ era um jeito carinhoso que ele mesmo tinha adotado.

Uns anos atrás, numa cirurgia mega complicada, o Mark deu a sorte de ver a habilidade médica da Isabela; a técnica cirúrgica dela era revolucionária, isso impressionou ele demais.

Desde então, ele insistia em chamar ela de professora toda hora, porque considerava a dedicação e vontade de aprender dela, a Isabela realmente deu umas orientações para ele.

Mas ela nunca topou ser a professora dele...

Na presença de Isabella, ele se sentia como um estudante, porque tanto em habilidade quanto em experiência, ele não chegava nem perto de um décimo do que Isabela possuía.

"Não me atrevo a chamá-lo pelo nome... seria falta de educação" - Mark olhou novamente pelo retrovisor e disse: "Meu amigo disse que se você conseguir salvar a mãe dele, qualquer recompensa será possível."

"Eu vim por sua causa."

"Obrigado por seu carinho, professor..." - Mark estava feliz: "mas meu amigo é muito rico, vocês podem conversar abertamente, não precisam ser tímidos com ele..."