Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1147

"Suas mãos estão geladas, e você não tem a delicadeza das que estudam medicina... Seria ruim se você machucasse sua avó novamente."

As palavras de Nair Pires não tinham maldade, mas para Mariana soavam como uma reprimenda da mãe...

Ela se sentia especialmente culpada e desconfortável.

Isabella e a cuidadora uniram forças para virar vovó delicadamente de lado, "Cavalheiros, por favor, se retirem."

Carlos, Marcos e Murilo Neves imediatamente viraram as costas.

Isabella cuidadosamente levantou a roupa da vovó e viu que a cintura dela estava gravemente inchada e roxa...

"Isabella, isso é muito grave?" Nair Pires não conseguia esconder a preocupação.

"É uma lesão nos tecidos moles." Isabella começou passando um medicamento anti-inflamatório e analgésico na vovó, "Isso vai reduzir a inflamação e ajudar na recuperação. Como vovó está com muita dor, daqui a pouco vamos dar um analgésico oral para acelerar a circulação e ajudar na absorção dos produtos do metabolismo inflamatório. Normalmente, em 7 a 10 dias deve melhorar."

"Tanto tempo? Não tem um jeito mais rápido?" Mariana não esperava que a recuperação demorasse tanto.

Isabella falou calmamente, "Você deveria estar grata por não ser uma fratura. Se fosse, não estaríamos contando os dias."

"..." Mariana queria se explicar, dizer que não foi intencional, mas recebeu um olhar de Murilo, que sinalizou para ela não dizer mais nada, então ela teve que se conter.

Depois que Isabella desinfetou todas as feridas da vovó, aplicou o medicamento e esmagou o analgésico para dá-lo a ela, disse suavemente, "Vovó, descanse um pouco agora."

"Isabella, fique comigo..." Vanessa estava gemendo de dor.

"Estou aqui, descanse tranquila. O remédio já foi tomado, você se sentirá melhor daqui a pouco." Isabella sabia que a palma da mão de vovó estava dolorida por ter esfregado na roda da cadeira, então não segurou sua mão, mas se aproximou com ternura e disse, "Qualquer desconforto, me avise a qualquer momento."

"Está doendo muito..." Vanessa realmente sentia dor; na sua idade, já não era mais tão forte quanto na juventude.

Mariana explicou em um tom ainda mais baixo, "A neve lá fora estava tão bonita que quis levar vovó para ver."

"Você não sabe que pessoas que acabaram de acordar não devem ser expostas à corrente de ar? Especialmente o corpo da vovó ainda não se recuperou."

Assim que Isabella terminou de falar, a empregada ao lado disse, tremendo, "Eu avisei a Sra. Mariana, mas ela insistiu e a Senhora também consentiu..."

"Por que você não seguiu?" Marcos perguntou.

"A Sra. Mariana não me deixou, disse que queria cuidar da Senhora sozinha, como a Sra. Isabella..."

Todos olharam novamente para Mariana.

"Eu, eu só queria conversar um pouco sozinha com vovó, como uma irmã... Se soubesse que algo assim aconteceria, jamais teria permitido que vovó saísse por essa porta..."