Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1332

À noite.

Samara fez questão de visitar o quarto de Isabella, trazendo pessoalmente um vestido de gala.

"A comemoração do aniversário do seu bisavô é hoje à noite. Seu tio mais velho está ocupado, então seremos nós duas a ir."

O bisavô de Isabella, Casiano Pires, era o avô materno da mãe de Isabella.

"Este é o seu vestido, partiremos em meia hora."

Depois que Samara desceu, Isabella se trocou, escolhendo um vestido vermelho de veludo de seda, longo, que a envolvia em uma aura de conforto e elegância. Seu penteado curto e sofisticado realçava sua graça natural. Os brincos cintilavam enquanto o colar adicionava um brilho deslumbrante.

Ao descer, Isabella viu de longe Samara, cuja elegância era inegável.

Sua beleza natural era ressaltada pelas joias, conferindo-lhe uma nobreza e elegância ainda maiores.

"Está pronta?" - Ao ouvir Isabella descendo, Samara se virou e, com um sorriso que transbordava admiração e aprovação, comentou: "Perfeita, você está deslumbrante."

O vestido que Samara selecionou para Isabella era de uma elegância singular, na cor lilás, destacando-se em sua simplicidade. Isabella havia optado por um coque, o que lhe conferia uma aura de distinção e nobreza, parecendo uma fada saída de uma história mágica.

Poucas conseguiam combinar estilo e cor com a facilidade de Isabella.

"Seu vestido tem um forro aquecido, e tanto o carro quanto a casa do seu bisavô são climatizados, você não sentirá frio" - explicou Samara com cuidado: "Hoje à noite, se algo acontecer, apenas se proteja."

Isabella intuiu que havia algo incomum na festa e questionou: "E a senhora, tia?"

"Se eu achasse que não seria seguro, nem iria" - respondeu Samara, com um sorriso que irradiava confiança e beleza.

Foi então que.

Uma figura surgiu de um carro e se aproximou do portão da mansão. O segurança, reconhecendo quem era, ficou imediatamente surpreso: "Sra. Mariana, a senhora veio?"

"Por que, não posso?"

Mariana usava um elegante conjunto Chanel de tweed. Embora tivesse se esforçado para esconder os machucados do rosto, somente ela sabia a extensão da dor que sentia pelo corpo.

"Vocês ficaram sabendo? Ontem, aquela Sra. Tamara que se acha lá na Rua Lysées, desafiou a senhora, e como resposta, ela ordenou que nenhuma loja mais a atendesse."

"É mesmo?

Como ainda tem gente sem noção para provocar a senhora assim? É pedir para se dar mal."

"Com certeza, deve ser alguém acostumada a dar as cartas em casa, pensando que o mundo todo deve se dobrar a ela, sem perceber que aqui é o território dela, e aqui, nem mesmo um dragão enfrenta uma serpente local!"

"Deve ser alguém de fora. Quem daqui teria coragem... Especialmente ontem, quando a senhora saiu com a sobrinha, estava de bom humor, até alguém ousar desrespeitá-la na sua frente, claro que ela não deixaria barato..."

"Essa pobre dona Tamara virou assunto da cidade, agora, para ela se casar, vai ser difícil, hein."

Mariana apertou os punhos, tentando conter a raiva.

Naquele momento, vários donos de carros de luxo circulavam ao redor, indicando que aqueles que frequentavam a Avenida Paulista não eram pessoas comuns.