Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1385

"Certamente é..." - Jesimiel estava um pouco nervoso, olhando-a nos olhos, mas não suportava enganá-la: "Eu quero tudo."

Ele queria as duas coisas.

Em seus olhos, a sinceridade parecia para Mariana como um lobo em pele de cordeiro: "Então você está comigo, sempre teve segundas intenções?"

Para Jesimiel, essas "segundas intenções" - eram na verdade uma expressão de sua afeição por ela.

Ao vê-la irritada, Jesimiel não se atreveu mais a tentar acalmá-la com gestos, mas apenas explicou.

"Admito que desejo você, porque gosto de você. Quero beijá-la, abraçá-la, segurar sua mão... Quero tê-la para mim, quero que você seja inteiramente minha, mas, mais do que isso, quero conquistar seu coração. Espero estar em seus pensamentos, mesmo que seja apenas em um pequeno canto... Isso é o suficiente para mim".

Mariana virou o rosto para o outro lado, sem dizer nada.

"Desculpe, Mariana, vou prestar mais atenção de agora em diante" - Jesimiel deu um leve puxão em sua manga, não ousando pegar sua mão: "Não fique brava, ok?".

Mariana propositalmente se soltou dele e seguiu adiante.

"Mariana..." - Jesimiel estava ansioso, com medo de que ela pensasse que ele era um pervertido e nunca mais falasse com ele...

Quando ela viu que ele estava realmente assustado e a estava seguindo, o controle que ela tinha sobre a situação a fez se sentir melhor.

"Você sorriu?"

Jesimiel percebeu um breve sorriso nos lábios dela, e seu coração ansioso se acalmou, um sorriso aparecendo em seu rosto: "Você me perdoou?".

"Sem minha permissão, você não pode me tocar!"

Jesimiel fez uma careta, mas com medo de irritá-la novamente, concordou: "Tudo bem".

Mariana olhou para a mão dele, e Jesimiel imediatamente a pegou de volta, não ousando tocar a manga dela.

O humor de Mariana melhorou ainda mais, sentir aquela sensação de controle sobre alguém era extremamente gratificante.

Isabella já não conseguia escapar, sendo capturada em seus braços.

"Diz que você gosta de mim."

Isabella ficou em silêncio.

De forma dominadora, mas carinhosa, Célio continuou a fazer cócegas nela: "Diga, e eu te deixo em paz".

Isabella, sem ter para onde correr, ria sem parar: "Pare...".

Ela não tinha mais forças para resistir.

Pela primeira vez, Célio a viu rir tão aberta e lindamente que ficou completamente encantado.

Aproveitando o momento, Isabella lhe fez cócegas, e o sempre sério Célio se mostrou de forma mais infantil diante dela, dizendo entre risos: "Eu me rendo".