Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1413

"Tia."

Samara ouviu a voz, virou-se com um sorriso: "Chegou?"

Isabella parecia acostumada com grandes eventos, mesmo que o homem estivesse quase morto, sua expressão são permanecia impassível.

Samara mais uma vez admirou a coragem e a estatura de sua sobrinha.

"A tia me ligou?"

"Você conhece esse homem?"

Isabella ergueu os olhos, avaliando o homem que mal conseguia respirar à sua frente: "Não o reconheço."

"Ontem à noite recebi uma mensagem, alguém na deep web ofereceu uma boa quantia de dinheiro por sua cabeça." - O olhar de Samara se fixou no homem à sua frente: "Eu rastreei o IP dele e o trouxe para cá."

Foi então que Isabella entendeu por que sua tia havia saído às pressas depois de atender a uma ligação na noite anterior, sem tempo para se despedir de Célio e Jesimiel. Foi por causa disso.

"Ele disse alguma coisa?" - Isabella perguntou em uma voz calma.

"Ele é bem fechado." - Samara observou o homem à sua frente, depois de interrogá-lo por meia hora, sem que ele revelasse nada: "Mas ele é durão."

Quando Isabella colocou seus longos dedos no pulso do homem, ele instintivamente tentou recuar, mas as amarras o impediram de se mover.

Ele não sabia o que Isabella pretendia, olhando para ela com uma mistura de cautela e defesa.

"Sem comida ou água, você tem no máximo dois dias de vida." - Isabella disse, olhando diretamente para o homem à sua frente: "Eu sei que você aceitou dinheiro para fazer o trabalho sujo, mas de que serve o dinheiro se você perder a vida?"

O homem permaneceu em silêncio, seu olhar tão vazio quanto antes, como se estivesse esperando silenciosamente a morte.

"Essa pessoa é mais influente do que meu tio, minha tia?" - Isabella estava genuinamente interessada: "Quando foi que eu ofendi alguém tão poderoso? É a Organização Fantasma?"

O homem olhou para Isabella com uma expressão de surpresa, mas rapidamente percebeu que havia revelado demais e desviou o olhar.

"Com o núcleo da Organização Fantasma despedaçado e seus membros restantes lutando entre si, quem teria tempo para me querer morto? Eu certamente conheço essa pessoa e temos uma rixa profunda."

Com um sorriso tranquilo, Isabella continuou: "Agora que eu já cheguei a essa conclusão, mesmo que você não fale, eu posso descobrir por conta própria, só vai me custar mais tempo. Se você colaborar, posso até ajudá-lo a forjar sua morte, permitindo que você viva com uma nova identidade. Você tem dois dias de vida, pense bem."

Depois de terminar, Isabella olhou para sua tia: "Vamos embora".

Samara não esperava que sua sobrinha fosse capaz de fazer o homem refletir tanto com apenas algumas palavras. Ao saírem do porão, Samara não pôde deixar de perguntar: "Bella, você costumava fazer esse tipo de pergunta? De repente, fiquei curiosa, que outras identidades você tem que sua tia não conhece?"