Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1418

Do outro lado.

Jesimiel terminava seus afazeres, pronto para correr ao encontro marcado, quando, sem esperar, deu de cara com Ramiro.

"Jesimiel, é um perrengue dos grandes."

Ramiro tinha ido ao escritório de sua empresa para interceptá-lo: "Um dos desenvolvedores está sendo muito difícil, não conseguimos um contrato e meu pai está perdendo a paciência. Se não resolvermos isso hoje, posso dizer adeus às minhas pernas. Preciso que você venha comigo, finja ser um dos meus..."

Antes que Ramiro pudesse terminar, Jesimiel o interrompeu: "Hoje não posso, tenho um encontro com Mariana".

"Ela ainda não o deixou em paz? Quando ela vai deixar você em paz?" - Os olhos de Ramiro se arregalaram: "Você gosta de sofrer? Depois de todo o espetáculo que ela fez, você ainda segura a cabeça dela em suas mãos?"

"O que você tem a ver com isso?"

"Tudo bem, tudo bem, você é 'para sempre', tem a vida inteira pela frente para resolver isso. Mas e o contrato? Você sabe como meu pai é..."

"Realmente, hoje não dá." - Jesimiel parou, falando sério: "Mariana está se sentindo muito mal ultimamente, preciso estar ao lado dela."

"O que há de errado com ela?" - Ramiro estava incrédulo: "Meu contrato é urgente, você já negociou tantas vezes, você tem experiência. Pelo menos me diga o que o outro lado está pensando? Como podemos facilitar essa parceria, do que precisamos abrir mão..."

"Ramiro." - O olhar de Jesimiel para ele era ao mesmo tempo gentil e firme, sem espaço para negociação: "Mariana realmente precisa de mim."

"..." - Ramiro queria dizer, você é apenas o plano B. Como você pode ser tão importante para ela...

Mas, com medo de magoar o amigo, ele apenas disse: "Você não pode remarcar?"

"Aquele seu promotor imobiliário, tente aguentar um pouco mais. Se eu conseguir voltar mais cedo hoje, posso acompanhá-lo."

"Ei, Jesimiel, eu ainda não terminei de falar..." - Ramiro, ao ver seu amigo se afastando, não pôde deixar de se preocupar e suspirar internamente. Que amigo bobo, pensou ele.

Do outro lado.

Edna Aquino foi até a empresa de seu filho Jesimiel e soube que ele havia acabado de sair e não tinha previsão de retorno. Os funcionários disseram que ele havia saído às pressas e parecia ter algo importante a fazer. Por isso, ela não se atreveu a ligar ou mandar mensagem para ele, mas ficou esperando ansiosamente lá dentro.

Depois de meia hora de espera, a porta do escritório finalmente se abriu e Edna, com um olhar ansioso no rosto, disse: "Jesimiel...".

Mas foi sua filha - Paloma - que entrou.