Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1433

"Será que a gente pode deixar ela desacordada?" Samara já não aguentava mais ela falando sem parar. "Se for necessário, eu mesma faço isso."

Todas as empregadas, ao ouvirem suas palavras, desejavam poder concordar imediatamente. Finalmente, a patroa tomaria a frente.

"Espera aí, deixa eu ver." Isabella interveio, "Segurem ela por enquanto."

Embora ela achasse que havia algo de errado com aquela limonada, era a primeira vez que ela via uma limonada enlouquecer daquele jeito.

"O que vocês estão tentando fazer? Não cheguem perto, Célio, me salva..." Mariana se agarrou em Damião como um coala, "Eles querem nos separar..."

Todos ficaram em silêncio.

Damião ficou encarregado de segurá-la, enquanto as outras empregadas também a mantinham firme. Isabella colocou a mão no pulso dela, notando uma pulsação muito estranha.

"Ela está sob o efeito de várias toxinas agindo juntas, a mais grave é uma neurotoxina alucinógena, que causa ilusões de tempo, espaço e pessoas, e até mesmo sintomas como autodistorção, delírios e pensamento dividido, e uma parte da droga está perturbando seriamente a flora intestinal, causando gases, inchaço e diarreia..."

"Você quer dizer que alguém a drogou?" Vanessa ficou incrédula e furiosa. "Quem teria coragem de fazer isso, até mesmo com alguém da família Pires?"

"Tem a ver com aquela limonada que ela bebeu esta noite?" Samara perguntou.

Ela havia notado algo estranho nas duas irmãs no restaurante esta noite, Mariana poderia ter realmente drogado Bella e acabado se machucando?

"Pode ser." Isabella não tinha evidências diretas de que Mariana tinha colocado a droga na limonada.

Mas Samara pegou o celular e ligou para o gerente do restaurante. "Ainda temos o copo de limonada que Mariana bebeu esta noite?"

"Já foi lavado e esterilizado..." O gerente estava confuso. "A senhora precisa dele? Gostou do copo, ou não ficou satisfeita com a acidez ou concentração da limonada?"

"Deixa pra lá, não é nada."

"Se ela não tivesse bebido aquela cachaça, talvez pudéssemos tentar a acupuntura, mas a cachaça reagindo com as drogas no corpo dela torna a acupuntura uma sentença de morte..." Isabella explicou, "Agora só podemos esperar que ela se recupere por conta própria."

Todos ficaram surpresos com isso, questionando, "Quanto tempo mais teremos que esperar?"

"Por volta de dez horas."

Mariana já fez uma bagunça por duas horas na frente dela, e ainda há dez horas esperando por ela ......

Assim que ouviram dez horas", todos ficaram preocupados, pensando em como aguentariam...

E as empregadas, uma a uma, mostravam um olhar de medo, temendo serem chamadas para cuidar de Mariana...

"Se a deixarmos assim, ela pode correr risco de vida?" Samara perguntou.