Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1442

Quando a empregada chamou o médico, Vanessa correu para lá ao saber da notícia e viu Mariana sentada no sofá do quarto, com os olhos vermelhos de chorar. Não conseguiu evitar perguntar: "Mariana, o que aconteceu com você?"

"Minha avó..." Assim que viu Vanessa, Mariana não conseguiu conter as lágrimas, mostrando-se extremamente abalada.

"Você caiu? Como se machucou desse jeito?" Vanessa puxou a manga para cima e viu que suas mãos estavam cobertas de hematomas.

A médica da família percebeu imediatamente que aquelas feridas eram resultado de agressões. Ela ficou chocada, não podendo acreditar que, no domínio do Sr. Pires, alguém tivesse a audácia de agredir a Sra. Mariana, e ainda mais com tanta violência...

A agressão foi claramente severa demais. Será que deveria contar a verdade à Senhora?

"O que você está olhando? Estou morrendo de dor, me ajude com os remédios..." Mariana chorou, sem se esquecer de dizer: "Caí por descuido meu, vovó, não se preocupe ...... vai melhorar em alguns dias."

Ouvindo as palavras de Mariana, a médica da família naturalmente não quis se intrometer e cuidadosamente tratou de suas feridas, pensando consigo mesma que é melhor evitar problemas quando possível, especialmente quando a própria Sra. Mariana preferia não revelar a verdade.

"Como você se machucou desse jeito? Algumas dessas feridas foram causadas por você mesma, durante a noite?" Vanessa ficou com o coração partido ao ver as costas de Mariana cobertas de hematomas.

Mariana não teve coragem de confirmar nem negar, apenas disse entre lágrimas: "Dói muito, vovó..."

"Doutor, por favor, seja gentil." Vanessa não pôde fazer nada além de se secar ao lado dela.

Mariana viu o humor da avó e pensou que, de alguma forma, isso poderia fortalecer o vínculo entre elas.

Por outro lado.

Damião chegou em casa depois do trabalho e a primeira coisa que fez foi ir até o escritório para encontrar Samara. "Samara, ouvi dizer que você teve um desentendimento com Mariana esta manhã? Foi por causa do que aconteceu ontem à noite?"

Ao ouvir isso, Samara levantou os olhos do laptop e disse calmamente: "Eu sempre sinto que ela tentou envenenar a Bella."

"Principalmente porque ela cresceu diante de nossos olhos, pensamos que entendemos seu caráter, sua personalidade."

"Assim, também não poderíamos, sem motivo ou apenas com base na palavra de outros, suspeitar dela ou até expulsá-la de casa."

Mesmo se um gato nos arranhasse, pensaríamos que foi um acidente, quem pensaria que o gato tinha a intenção de nos prejudicar ou nos colocar em perigo?

Mesmo que um gato nos arranhasse uma ou duas vezes, até sangrar, só pensaríamos que ele estava sendo desobediente, no máximo, daria uma bronca ou uma palmada para que aprendesse a lição, mas quem pensaria em abandoná-lo?

Então foi isso que Samara ponderou.

Mariana estava nesta casa há muitos anos. Antes, ninguém sabia quem ela era. O carinho e o tempo dedicados a ela já não eram algo que erros pequenos pudessem apagar, justificando sua expulsão de casa.

Durante dezoito anos, até mesmo uma árvore plantada no quintal, e a ideia de arrancar tudo de uma vez seria muito dolorosa para desistir.