Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1478

Célio ainda não tinha terminado de falar, quando viu que outra ligação chegava no visor do carro, era uma sequência de números, sem nome salvo.

"É o número dela?" Isabella perguntou, rindo. "Você sabe de cor?"

Ao vê-lo hesitar em atender...

Saber quem era só pelo número...

Isso mostrava que o número já estava gravado em seu coração.

"Não, não me entenda mal, é que ela nunca mudou de número desde criança..." Célio rapidamente desligou a chamada.

"Vocês se conhecem desde pequenos?"

Nesse momento, a expressão significativa de Isabella fez Célio pisar imediatamente no freio, explicando ansiosamente, "Conhecemos, mas não somos próximos, pode-se dizer que não há ligação alguma."

"Ela é a irmã do seu amigo, você não sabe o número dela de cor? Não cresceram juntos? Como podem não ter ligação?"

"Isso é porque há muito tempo atrás, eles pediram para minha família cuidar dela por um tempo..."

Ao ver Isabella acenando com a cabeça com segundas intenções, o tom de Célio ficou mais ansioso: "Não é o tipo de cuidado que você está pensando... É que a família dela teve um problema."

Ele segurou a mão de Isabella, explicando, "Enfim, depois disso, a família dela se mudou para a França, e nós mal nos vimos desde então."

"Isso é um pouco triste."

"Bella." Célio estava realmente desesperado, "Não me entenda mal, eu deveria bloqueá-la?"

"Provavelmente não, afinal, ela é a irmã do seu amigo." Isabella fingiu estar em dúvida.

"Então eu troco de número."

"Isso também não dá, hoje em dia o número do celular está vinculado a tantas informações importantes, como cartão bancário, WhatsApp..."

"Vamos, continue dirigindo, não pare o carro no meio da rua."

Embora os outros veículos reconhecessem aquele número de placa e não se atrevessem a incomodar, ainda assim, parar ali não era apropriado.

Célio finalmente ficou aliviado ao vê-la rir e parecer não impressionada, tocando seu rosto: "Você me assustou, eu estava quase te levando até meu amigo para que ele provasse minha inocência."

Ele e essa Raissa, realmente não tinham nenhum sentimento além da amizade, nem mesmo um pouco.

"Assim, na frente dos seus amigos, eu pareceria uma megera."

"Eu que não quero me envolver com essas outras, não é por sua causa, além do mais." Célio olhou nos olhos dela, "Eu gosto que você se importe comigo."

Era somente com ela no comando que ele podia sentir que gostava dela.

Naquele momento, o amigo ligou novamente, e Célio apertou o botão de atender imediatamente, "Tá louco? Achou que eu ia embora e não teria tempo de te pegar? Se ajudar outras pessoas a ligar para mim de novo, quero ver se te perdoo."