Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1516

Isabella viu que Sandra já havia se pronunciado, então, sem mais delongas, voltou seu olhar para Faustino, "Vovô Seixas, a festa de aniversário já pode começar."

Já eram oito e meia da noite.

"Já é hora de cortar o bolo..." Faustino olhou em volta, para a multidão, "Seu avô Alan e o Dr. Ivan já chegaram?"

"Acho que estão chegando."

"Então tá bom." Faustino fez um gesto convidativo, "Por favor, todos se dirijam ao jardim, vamos cortar o bolo lá esta noite."

Ele estava de bom humor, vendo sua querida, que ele havia mimado desde pequena, impressionar tantas pessoas naquela noite, ele não conseguia esconder seu sorriso, que ia de orelha a orelha. Esse sentimento, como descrevê-lo? Era pura alegria.

Enquanto isso, Maísa Neves permaneceu parada, esperando a multidão se dispersar, como se tivesse chumbo nos pés, incapaz de se mover.

"Superestimada." Sandra lançou essas palavras para ela, com uma expressão fria como gelo, seus olhares frios pareciam não ver sua própria filha, mas sim um fracasso.

Se realmente foi uma criação improvisada de Isabella, então seu nível não era apenas centenas de vezes superior ao de Maísa Neves, mas milhares.

"Com o seu nível atual, mesmo que você pratique arduamente por mais dez anos, ainda não seria páreo para ela."

Maísa Neves olhou incrédula para sua mãe, sem esperar tal alta avaliação de Isabella vinda dela.

"Você perdeu a competição no 'Mundo', eu até poderia ter intercedido por você, considerando que hoje é o aniversário do Sr. Seixas, aquela menina poderia dar uma trégua. Você não precisaria romper com o violino, mas você não soube reconhecer a situação e ainda quis competir em improvisação. Viu a reação da Sra. Odessa? Ela achou que você não soube perder, fazendo birra, criando confusão."

Maísa Neves sentiu vergonha, "Eu... só estava um pouco inconformada."

Do canto, Mariana se aproxima, seu sorriso carregado de schadenfreude.

"Na última vez, na Universidade Ventoso, você insistiu em competir no violino e acabou passando vergonha na frente de tantos professores e alunos. Pensei que você teria aprendido a lição, mas hoje à noite, você fez papel de tola novamente, na frente de tantos respeitáveis anciãos, não é de se admirar que sua tia esteja tão furiosa... Se eu tivesse uma filha tão estúpida quanto você, eu também desejaria estrangulá-la."

Embora Sandra tivesse dito que a atitude de não aceitar a derrota de sua filha era semelhante à de Mariana, o que de certo modo era uma crítica a Mariana, vê-la em apuros ainda a deixava muito feliz.

Maísa Neves, cheia de raiva sem ter onde despejar e vendo Mariana, avançou e deu-lhe um tapa, "Você nem ao menos toca violino tão bem quanto eu, que direito tem de falar assim?"

"Você ousa me bater?" Mariana cobriu o rosto, "Acredita se eu..."

"Te bater, e daí?" Maísa Neves ainda segurava seu cabelo, advertindo, "Você pensa que eu tenho medo de você, sua adotada? Te trato bem de vez em quando, e você realmente acha que pode se achar? Não mede suas próprias capacidades, ousa me desafiar, posso te mandar pro inferno em questão de minutos!"