Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1642

"Você tá falando daquele gringo alto, de cabelo cacheado e olhos castanhos?"

"Chefe, você descreveu... perfeitamente." Agenor concordou repetidamente, "É ele mesmo!"

"Eles saíram correndo, deixando tudo para trás."

O quê??

Fazer o famoso chefão Gianino do submundo, junto com seus capangas, fugir assim...

Quão forte tinha que ser o chefe...

Para assustar alguém dessa forma...

"E a barba de tigre?" Isabella perguntou em seguida.

"Está na bolsa!" Agenor garantiu com convicção, "Estou protegendo com a minha vida, pode ficar tranquila, tá tudo bem."

Enquanto Isabella sentia um peso sair de seus ombros, ela também se sentiu tocada.

Essa barba de tigre era crucial para a pesquisa seguinte, sem ela, o experimento não poderia ser feito.

"Chefe, quanto tempo você vai ficar na Inglaterra desta vez?" Agenor perguntou, esperançoso.

"Acho que dois ou três dias."

"Só isso?"

Agenor queria continuar seguindo a chefe, só ao lado dela ele sentia que sua vida tinha significado, tinha valor.

"Quer voltar para o Brasil?" Isabella pareceu ler seus pensamentos e perguntou de repente.

Agenor parou por um segundo, perguntou esperançoso, "Posso?"

"Volta para passar o Carnaval. Benito e Toni sempre estão enrolado, de agora em diante você fica no Brasil me ajudando."

Ao ouvir isso, Agenor ficou extremamente animado, "Obrigado, chefe!!"

Ele finalmente tinha conseguido o tratamento dos Benito e Toni.

Quando voltar, com certeza vai se gabar para esses dois.

Isabella notou que o roupão dele não estava bem amarrado, propositalmente deixando a mostra seu peitoral de forma sutil e sedutora.

"Quantos joguinhos." A voz de Isabella carregava um tom de afeição.

"Saudades de mim?" Célio perguntou novamente com sua voz sedutora.

"Cof, cof..." Agenor, pegado de surpresa com a conversa melosa deles, engasgou com a água enquanto esperava o semáforo.

"Voz de homem?" Célio ouviu o som de tosse, "Um novo subordinado?"

Não era a voz de Benito e Toni.

Era alguém que ele não conhecia.

"Bom ouvido." Isabella, vendo Agenor esperando o semáforo, virou a câmera para ele, apresentando brevemente, "Agenor. Célio."

"E aí, Sr. Célio..." Agenor não imaginava que em vida, teria a chance de ver Célio de perto.

A questão era, sem a frieza usual, com uma aura mais gentil, Célio parecia ainda mais atraente e acessível.