Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1644

"Continua o mesmo."

Zenilda era apaixonada por esportes radicais; parkour, escalada, bungee jump e paraquedismo eram as suas paixões.

Ela nasceu em uma família rica, sendo a única filha. Dois anos atrás, após concluir antecipadamente todos os seus estudos universitários, seus pais entregaram a ela a responsabilidade de gerenciar todos os negócios da família.

Em público, ela era a temida Diretora Leonel; em privado, transformava-se em piloto de corrida, expert em parkour, lenda do esqui, entusiasta do paraquedismo, entre outros.

Ela era amiga inseparável de Isabella, Francisca e outras duas garotas, todas compartilhando os mesmos interesses.

Normalmente, viviam suas vidas sem interferências, ocupadas cada uma com o seu próprio mundo, mas quando necessário, bastava um chamado no grupo ou compartilhar algum acontecimento do dia a dia.

"Que bom que você chegou, preciso de um favor." Zenilda disse com um sorriso, "Dias atrás me machuquei praticando esportes radicais, e justamente hoje à noite tem uma corrida clandestina. Você poderia representar minha equipe?"

Essas corridas clandestinas não tinham a formalidade das competições oficiais; bastava que ambos os lados trouxessem competidores.

"Se ganharmos, o outro time vai nos ceder a pista da Baía dos Dragões Serranos."

A pista da Baía dos Dragões Serranos sempre foi propriedade de uma figura misteriosa, cuja equipe de drift era arrogante e desafiadora, chegando a declarar que não havia equipe no Brasil capaz de vencê-los. Caso houvesse, estariam dispostos a ceder a pista da Baía dos Dragões Serranos.

Essa declaração enfureceu muitas equipes, que foram até a Baía dos Dragões Serranos para desafiá-los.

No entanto, todas foram derrotadas...

Zenilda tinha uma equipe e estava confiante de que poderiam ganhar, mas infelizmente machucou o pé dias antes...

Ela até pensou em insistir, mas a impossibilidade de pressionar o acelerador ou o freio com o pé direito, além da falta de agilidade, a impediram.

"É grave?" Isabella perguntou preocupada, "Os remédios que eu te deixei têm ajudado?"

"Sim, graças a Deus você deixou aqueles tesouros comigo, querida. O médico da família veio e disse que seus remédios são melhores do que os dele. Tenho melhorado a cada dia."

Isabella sorriu, "Eu não sou de perder a paciência assim tão fácil."

Mas, se aqueles homens precisassem de uma lição, Isabella não se importaria de ensiná-los.

Após uma longa conversa com Zenilda, Isabella viu que Agenor havia enviado algumas mensagens há pouco tempo.

"Chefe... a gente tinha oferecido trezentos milhões, eles tinham aceitado, mas hoje voltaram atrás, dizendo que querem pensar mais, acham o preço baixo."

"Trezentos milhões ainda é pouco??"

"Eles estão claramente brincando conosco." Agenor estava visivelmente irritado.

Isabella foi direta, "Eles querem quanto afinal?"

"Eles disseram que sem quinhentos milhões, o Senhor provavelmente não vai aceitar... Aquela ilha é o xodó do Senhor."