Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1772

Do outro lado.

Bertram Pires e Dona Pires deixavam o quartinho de bagunças com lágrimas escorrendo pelo rosto.

A empregada imediatamente trancou a porta.

Mariana Zamith batia na porta por dentro, chorando copiosamente, "Vô, vó, eu errei, eu realmente errei... por favor, parem de chorar... não fiquem bravos ou tristes por minha causa, não vale a pena..."

Ela havia assistido, impotente, enquanto os idosos que sempre a mimaram e amaram a confrontavam com lágrimas, dizendo-lhe que, antes desses eventos, eles realmente a consideravam sua própria neta...

Mariana Zamith chorava descontroladamente, com o coração partido e a consciência pesada.

Ela implorava através das lágrimas, desesperada e arrependida, "Eu sei que nada do que eu diga agora fará diferença, eu cometi um erro imperdoável, eu não mereço o perdão de vocês, só peço que cuidem da saúde, não deixem a raiva prejudicar vocês..."

Ela havia visto os idosos ficarem tão enfurecidos durante o confronto que quase desmaiaram várias vezes, o que a fez sentir-se ainda mais culpada e triste.

No início, tudo que ela queria era manter seu status na família, preservar o carinho de seus familiares por ela, e era só...

Ela nunca quis a morte de Isabella.

Como as coisas chegaram a esse ponto...

Por quê...

"Vô, vó..." Mariana Zamith chorava enquanto deslizava para o chão, perdendo até a força de se sentar, até que finalmente colapsou no chão.

Damião Pires também se juntou a eles, preocupado com os machucados de Isabella e tudo que ela havia passado.

Samara Rizzini trouxe chá para eles, e enquanto os adultos conversavam, ela sussurrava para Isabella, "Sua tia disse uma vez que, na França, não importa quantos membros da Organização Fantasma restassem, ela iria encontrá-los... agora, essas pessoas foram capturadas, praticamente não sobrou ninguém... você pode ir para a França sem preocupações agora."

"Obrigada, tia." Isabella não esperava que, enquanto estivesse fora do país, sua tia estivesse na França eliminando esses remanescentes por ela, sua tia realmente fez muito por ela.

"Toma, beba um pouco de chá quente." Samara ofereceu a xícara de chá, e perguntou, "Consegue identificar que chá é esse?"

Isabella havia reconhecido imediatamente, "É aquele chá preto que a gente sempre bebe na casa da tia?"

"Seu faro é bom." Samara sorriu, revelando os lábios vermelhos, "Sabia que você gostava, então trouxe seis caixas para você."