Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 183

Capítulo 183

Ao saber que ela ainda não tinha comido, Mário deixou os talheres de lado e foi até a cozinha preparar uma marmita para ela.

Isabella havia dito que não precisava, porque queria terminar de assistir ao programa da vó Dias antes de ir comer algo na cantina da empresa para conferir as novidades do cardápio.

Mas Mário, preocupado que ela passasse fome, desceu rapidamente para embalar a refeição.

Quando Isabella chegou ao quarto do hospital, imediatamente notou que vó Dias segurava uma corrente fina e longa entre os dedos.

Aquela era a joia que ela havia comprado com seu primeiro salário para a avó…

A velha senhora sempre procurava por aquele objeto quando acordava, e, ao encontrá-lo, o apertava firme contra a palma da mão.

Sentando-se na cadeira ao lado da cama, Isabella gentilmente tirou a corrente das mãos dela, mas pareceu que a senhora percebeu, pois abriu os olhos lentamente.

“Isabella, é você?” Eloá Silva tinha cabelos embranquecidos e um olhar bondoso. Ao ver Isabella, sua voz ecóou fraca, mas cheia de emoção, “Finalmente você veio…”

“Vó.”

Ao ouvir a voz de Isabella, lágrimas começaram a brotar dos olhos da idosa, “Ah, depois, de tantos dias dormindo, finalmente ouço a voz da minha querida neta…”

“Você ainda não está bem, não pode se agitar. Isabella enxugou as lágrimas dela e ajustou a cabeça da cama para uma posição mais elevada, oferecendo a senhora um copo d’água, “Beba um pouco para umedecer a garganta.”

“Ah, está bem…” Eloá aceitou a água e bebeu obedientemente, segurando depois a mão macia da Isabella, “A Yolanda e os outros estão te maltratando, não é?”

Isabella sorriu, “Não.”

“Uns días atrás, quando acordei meio confusa, ouvi ela dizendo que tinha te mandado de volta para a sua família biológica…” Eloá ficou chateada só de pensar nisso, quase perdendo o fôlego.

Isabella apressou para acariciar suas costas, “Vó, não se exalte. Meus pais biológicos são bons comigo…”

“Sério?”

“Sim.” Isabella sorriu docemente, “Olhe para mim, pareço alguém que foi maltratada?”

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