Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1906

No final, Carlos e Nair só puderam sentar-se mais afastados...

Murilo Neves e Dennis trocaram um olhar, completamente atônitos...

Eles só queriam acompanhar Bella em um café da manhã, precisava disputar lugar assim?!

Joelton, não querendo se dar por vencido, aproximou-se e disse, "Vô, com a sua idade, já é uma conquista conseguir se servir sozinho, deixa que eu ajudo a Bella com a comida."

"Seu moleque atrevido, usando isso como desculpa para roubar lugar..." Ailton fingiu estar zangado.

"Eu só estou dizendo que o senhor pode se servir sozinho..."

"Os mais novos, vão para lá!" Ailton não estava disposto a ouvir explicações.

Joelton tentou argumentar, "Mas a Bella também é mais nova..."

"Bella é tratada como uma mais velha nesta casa! Sai daqui."

Com essas palavras de Ailton, os irmãos não tiveram escolha a não ser se sentar mais afastados... olhando com desejo enquanto todos mimavam Bella...

"Já consigo imaginar como vai ser a sessão de fotos da família toda daqui a pouco..." Dennis sentiu que não teria chance.

"Nem fale em foto de família, meus pais disseram que depois do café, todos nós vamos juntos colocar decorações de festa junina nas janelas, colar bandeirinhas... acho que ficar do lado da Bella vai ser impossível." Anderson também lamentou.

"Que tal se vocês dois, depois, distraírem eles? A gente pode se revezar para ficar com a Bella por cinco minutos??" Murilo Neves sugeriu, "Vocês podem levar os avós para um lugar mais distante para decorar, e a gente fica ajudando a Bella com as bandeirinhas..."

"Sonha!" Dennis definitivamente não caiu nessa.

Mansão Mariana.

Pela forma como ele movia os lábios, Mariana Zamith podia quase adivinhar quem estava do outro lado da linha, mas manteve sua expressão tranquila.

A pessoa do outro lado da linha parecia muito irritada, e Jesimiel, temendo que Mariana Zamith pudesse ouvir, olhou para trás, para ela.

Mariana Zamith continuava a observá-lo, um sorriso compreensivo em seu rosto.

Jesimiel tentava manter sua expressão o mais neutra possível para não deixá-la perceber qualquer coisa.

"Mãe, eu já estou indo."

Assim que Jesimiel terminou de falar, a pessoa do outro lado perdeu completamente a paciência e passou o telefone para outra pessoa. Jesimiel ouviu a voz de seu pai e, em voz baixa, foi forçado a dizer, "Pai."

O homem do outro lado o repreendeu severamente e mencionou algumas coisas, fazendo com que, no fim, Jesimiel tivesse que concordar, "Estou indo agora."