Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 1913

No pequeno vídeo enviado por Murilo, ela ouviu a risada de seus avós e viu os sorrisos de Carlos e Nair...

Os sorrisos em seus rostos não eram falsos...

Ela não esperava que a perda dela não tivesse nenhum impacto em suas vidas... Eles continuavam comendo e bebendo, celebrando o ano com tanta abundância...

Mariana Zamith sentiu um desconforto interior. Ela estava tão machucada, tendo sido resgatada da beira da morte, mas seus pais de antes, seus avós de antes, podiam rir tão livremente...

Eles realmente não se importavam com ela...

Mariana Zamith assistiu ao vídeo inúmeras vezes, cada vez se sentindo pior, lembrando-se de todas as coisas que haviam sido deixadas para trás por eles, e das alegrias passadas. A semente do ódio começou a brotar em seu coração...

Isabella e sua família terminaram o almoço e foram prestar homenagens no túmulo de avó Dias.

O túmulo de avó Dias estava bem cuidado, adornado com oferendas abundantes e belos buquês de flores...

"Alguém esteve aqui??" Murilo Neves ficou surpreso. Quem se lembraria de avó Dias??

Os outros também se surpreenderam. Os membros da família Dias, aqueles desalmados, certamente não seriam...

Quem poderia ser??

Isabella reconheceu o papel do buquê e adivinhou que era Célio...

Esse tipo de papel, esse tipo de flor, só uma floricultura por perto tinha, e ela havia levado Célio lá uma vez. Surpreendentemente, Célio se lembrava, não só trouxe flores para ver avó Dias como também preparou tantas oferendas e limpou todas as ervas daninhas ao redor do túmulo...

"É Célio, não precisa adivinhar."

Ao ouvir as palavras de Isabella, todos ficaram surpresos.

Nair estava especialmente surpresa, "Célio veio? Esse menino é tão atencioso..."

Não esperavam que ele fosse o primeiro a visitar avó Dias...

Isabella e todos arrumaram as oferendas para avó Dias, apresentando um a um a identidade dos familiares, e então lideraram todos em uma homenagem coletiva a avó Dias.