Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida romance Capítulo 2074

"Você sabe o que eu descobri na roupa dela? Ela estava com medo de você ser responsabilizado, então, momentos antes de morrer, ainda escreveu 'suicídio' com o próprio sangue em sua roupa, só que a última parte da palavra 'suicídio' não foi terminada, provavelmente ela morreu antes de conseguir completar."

Caterina levantou bruscamente os olhos, incapaz de acreditar que sua mãe adotiva, Flávia, tivesse deixado tal mensagem antes de morrer.

"Não, você está mentindo... Você está mentindo!" A emoção de Caterina se tornou agitada.

Isabella ligou o celular, mostrando a Caterina as palavras que Flávia escreveu na roupa, dizendo calmamente, "Você reconhece a roupa e a letra, não é?"

Nesse momento, Caterina foi atingida como se fosse um raio, desabando no chão.

"Você a esfaqueou, e a arma do crime foi encontrada perto do rio próximo a sua casa, compatível com a ferida dela, você usou a faca de cozinha da sua família."

Caterina olhou para Isabella, chocada por ela ter descoberto e deduzido isso...

"Na verdade, o golpe não foi fatal, ela morreu por asfixia. Eu acho que, quando você viu ela sangrando, teve medo de levá-la ao hospital por medo das perguntas que fariam, além de temer que ela te impedisse de se vingar, ou pior, que ela chamasse a polícia... Então, enquanto ela estava ferida, você cavou um buraco no quintal de casa e a enterrou lá."

Caterina não acreditava que ela pudesse ter deduzido até isso, balançando a cabeça rapidamente, "Não, não é isso..."

Isabella, vendo sua expressão, sabia que tinha acertado, "Antes de você enterrá-la viva, ela deve ter implorado para você não fazer essa loucura, mas você estava cego de raiva e medo... No final, sabendo que sua morte era certa, ela aproveitou um momento de descuido seu para escrever 'suicídio' na roupa, usando suas últimas forças para proteger você..."

Naquele momento, a despeito do risco iminente, ela não usou esse precioso tempo para chamar a polícia, possivelmente devido à dor intensa do ferimento, a falta de um celular por perto, ou talvez pelo seu último esforço em proteger você, ou até mesmo na esperança de despertar sua consciência...

Caterina chorou por um bom tempo antes de dizer, "Eu não queria enterrá-la, mas ela já estava meio enterrada na terra, ainda me aconselhando a não fazer besteira, enquanto ela ainda respirasse, não ficaria de braços cruzados vendo eu cometer um erro..."

"Então você endureceu seu coração?" Isabella entendeu mais ou menos o que aconteceu.

Ao ver o estado emocional desmoronado de Caterina, Isabella decidiu não fazer mais perguntas. Ela sabia que não conseguiria obter nenhuma resposta naquele momento.

Quando a porta da sala de interrogatório foi aberta por Isabella, ela saiu sem olhar para trás, deixando atrás de si a pessoa que chorava em solidão.

Os investigadores ficaram surpresos. Anteriormente, Caterina havia forçado Isabella a ingerir veneno, quase tirando sua vida. No entanto, naquele momento, Isabella não havia sequer retribuído com um tapa.