Mas quando Cláudia Cardoso falou, algumas pessoas se irritaram e começaram a reclamar, dizendo que tinham doentes em casa.
A situação rapidamente se tornou caótica.
As mulheres, já agitadas, ao ouvirem essas provocações, ficaram furiosas e começaram a brigar seriamente.
Cláudia Cardoso tentou intervir várias vezes, sem sucesso.
Finalmente, Filipe Farias acionou o alarme e chegou para manter a ordem.
"Vamos parar com essa bagunça, a moça já está aqui, claramente querendo quitar suas dívidas com sinceridade. Vamos conversar com calma, brigar não vai resolver nada" - disse Filipe Farias, tirando a faca das mãos de Cláudia Cardoso: "e você, pensando na morte como solução, é menos solução ainda".
Cláudia Cardoso, no entanto, nunca havia dito tal coisa.
A mulher, agora com os cabelos desarrumados e sentada no chão chorando, finalmente se acalmou.
Depois que todos expressaram suas situações, Cláudia Cardoso pediu desculpas sinceras e se curvou várias vezes em sinal de respeito.
Alguns se compadeceram e disseram que não precisavam dos juros, apenas do capital o mais breve possível.
Cláudia Cardoso agradeceu a compreensão.
As pessoas foram embora uma após a outra, exceto por uma mulher que ficou sentada nos degraus, chorando.
Filipe Farias foi falar com ela e depois informou Cláudia Cardoso que a mulher havia se divorciado e, logo após seu filho ser diagnosticado com uma doença cardíaca, foi abandonada pela família do ex-marido. Ela havia se mudado para cá de longe e não tinha apoio familiar. O documento de dívida de um milhão era o dinheiro que seu ex-marido lhe deu como pagamento pelo divórcio.
A mulher estava desamparada e sendo enganada por eles.
Agora, tudo o que ela tinha era aquele documento de dívida.
Quando todos já haviam saído, Cláudia Cardoso se aproximou e perguntou: "Onde está sua filha agora?"
Ela respondeu: "Em casa".
Ao saber da doença cardíaca, Cláudia Cardoso pensou imediatamente em Rafael Santos, acreditando que ele poderia ajudar.
Mas então ela se lembrou de que o problema não era a falta de médicos, mas a falta de dinheiro.
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