Cláudia Cardoso recolheu a prova, olhou para o relógio e disse: "São oito horas, preciso ir dar aula para o Nelson Souza, aproveite seu café Presidente Sandro."
Sandro Souza levantou a xícara, terminando o leite restante, "Hoje é o dia da família, vou levá-lo para montar a cavalo."
"Então você deveria ter me avisado com antecedência."
"Venha conosco."
Ele não olhou para ela, mas havia uma firmeza em seu tom que não deixava espaço para ela recusar.
Dito isso, Sandro Souza pediu ao mordomo que subisse e chamasse Nelson Souza, enquanto o empregado trazia suas roupas e o ajudava a se vestir.
Logo, Nelson Souza desceu, radiante de felicidade.
Sandro Souza optou por não levar motorista, dirigindo ele mesmo.
Cláudia Cardoso e Nelson Souza se sentaram no banco de trás, com Nelson especialmente animado, pois sempre quiz aprender a montar e finalmente teria a chance.
E, com Cláudia Cardoso juntando-se a eles, ele estava ainda mais feliz.
Durante a viagem, Cláudia Cardoso manteve-se quieta, enquanto Nelson tagarelava sem parar, recebendo dela apenas algumas respostas simbólicas.
Chegando à hípica...
Os três foram escolher um cavalo.
Cláudia Cardoso não queria montar.
Sandro Souza não insistiu, dizendo: "Depois eu te levo para dar uma volta."
Cláudia Cardoso não respondeu.
Era a hípica mais antiga e maior de São Paulo, com três tipos de pistas e muita diversão.
Em uma das pistas, acontecia uma corrida de cavalos.
O ambiente estava fervilhante.
Nelson Souza escolheu um cavalo negro, com apenas uma mecha vermelha na testa, claramente um excelente animal.
Cláudia Cardoso não pôde deixar de sugerir, "Você está só começando, deveria escolher um mais manso."
Sandro Souza olhou para ela, "Você sabe sobre cavalos?"
"Não. Mas vi na TV que os de melhor qualidade têm temperamento difícil. Pode ser arriscado para iniciantes."
Ele sorriu, "Então você escolhe para ele."
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