Batidas Descontroladas: Cirurgião Cardíaco Encara o Amor Imponderável romance Capítulo 223

Márcia Magalhães ouviu o carro se afastando e fechou a revista em suas mãos: "Eu também vou sair".

Mirella Magalhães olhou para ela com um tom indiferente: "Você e Mariana eram próximas. Agora que ela está de volta, certamente precisará de um tempo para se readaptar. Cuide bem dela".

"Entendi."

...

Cláudia Cardoso entrou no carro.

Sandro Souza havia chegado em seu próprio veículo e permaneceu sentado dentro do carro sem sair. Ao ver Cláudia Cardoso se aproximando, ele se inclinou para abrir a porta do passageiro.

Ele estava dirigindo um carro esportivo.

Cláudia Cardoso entrou e colocou o cinto de segurança.

Sandro Souza perguntou: "Você já comeu?"

"Comi bastante."

Sandro Souza não ligou o carro imediatamente. Com a mão no volante, ele o tocou de leve e perguntou: "Você tem alguma coisa em mente que queira fazer?"

Cláudia Cardoso respondeu: "Se tivermos que escolher, então vamos ao hospital. Quero ver como minha mãe está".

Naquele momento, o portão de ferro do Itaim Bibi se abriu.

Márcia Magalhães saiu dirigindo seu Porsche e parou ao lado do carro de Sandro Souza, abaixando o vidro. Sandro fez o mesmo.

Márcia cumprimentou-os e então disse para Cláudia Cardoso: "Mariana, vamos ao sky bar, só tem gente conhecida. Acabei de falar com eles, todos querem te ver. A Sabrina também vai."

Sandro Souza falou: "Na próxima vez eu faço questão de convidar vocês para jantar. Hoje o tempo da Cláudia é todo meu."

Márcia Magalhães deu de ombros: "Tudo bem, então eu vou fazer isso".

Ela fechou a janela, e a expressão sorridente no rosto de Márcia desapareceu.

Assim que o carro de Márcia se afastou, Sandro ligou o carro e disse: "Ir ao hospital não vai permitir que você veja quem você quer. Ele foi para Brasília".

Nos últimos dias, Cláudia Cardoso e Rafael Santos haviam perdido contato.

Ela havia lhe enviado uma mensagem, mas, como uma pedra no oceano, não houve resposta.

Eles eram como duas linhas paralelas, quase impossíveis de se encontrarem diariamente.

Cláudia olhou pela janela: "Ele não é um mar de sofrimentos, é a minha felicidade que pertence somente a mim."

"Posso entender isso como uma felicidade roubada?"

Cláudia sorriu, voltando seu olhar para ele: "Peço desculpas por, sem querer, te fazer usar um chapéu verde."

Ela sorriu especialmente feliz, claramente provocando-o para deixá-lo irritado.

Sandro olhou para ela de lado, sabendo muito bem suas intenções. Ele segurou o cigarro na boca e, com um movimento rápido, segurou o queixo dela.

Seus dedos cheiravam a tabaco.

O riso de Cláudia Cardoso parou imediatamente, seu rosto foi completamente distorcido pela mão dele.

Com uma batida nos freios, o carro parou abruptamente.

Ele tirou o cigarro que estava segurando, apoiou a mão com o cigarro na janela do carro, aproximou-se dela e disse: "Você já ouviu uma frase?"

Os olhos de Cláudia Cardoso arregalaram-se, ela apertou os lábios firmemente, recuando.