Batidas Descontroladas: Cirurgião Cardíaco Encara o Amor Imponderável romance Capítulo 6

Cláudia Cardoso conhecia ela.

Elas se encontraram algumas vezes e trocaram breves palavras.

Olga Oliveira era uma atriz talentosa e a cumprimentou calorosamente: "Sra. Lopes."

Cláudia Cardoso não negou, apenas sorriu e acenou com a cabeça.

Aquilo a irritava profundamente.

Olga Oliveira arqueou uma sobrancelha, olhou-a de cima a baixo e disse com um sorriso: "Eu invejo você, sabe. O O Sr. Leonardo é considerado o homem ideal em nosso departamento. Ele é o namorado padrão que todas as moças de nosso departamento desejam. Ele é muito bom para você.

A propósito, ainda não temos os detalhes de contato um do outro, não é? Soube que você trabalha na Cogna Educação. Este ano, tenho muitos alunos se preparando para os exames de admissão e posso encaminhá-los para você."

Cláudia Cardoso não sabia o que queria, mas estava disposta a ver no que ia dar, então pegou seu celular e adicionou Olga Oliveira no WhatsApp.

À tarde, enquanto Carla Cardoso dormia, Cláudia Cardoso deu uma olhada no Facebook de Olga Oliveira.

Não havia nada suspeito.

Era apenas o cotidiano comum de trabalho.

Depois, ela foi espiar o perfil de Rafael Santos e encontrou ainda menos: além de compartilhar alguns artigos médicos, não havia nada mais.

À noite, Cláudia Cardoso planejava voltar para casa para pegar algumas roupas para trocar, já que Carla Cardoso teria uma cirurgia no dia seguinte e ela não poderia se afastar.

Enquanto esperava o elevador, uma mensagem de Rafael Santos chegou no WhatsApp.

[Saí do trabalho. Você vai fazer companhia no hospital esta noite? ]

Cláudia Cardoso estava pensando em como reagir quando, com um zumbido, a porta do elevador se abriu.

Ela olhou para cima e viu Rafael Santos aparecer como se tivesse vindo do céu.

Ele estava sozinho no elevador, parecendo ter saído mais cedo do trabalho. Cláudia Cardoso entrou, mas não o cumprimentou.

Havia câmeras no elevador.

Rafael Santos se encostou na parede do elevador, colocou o celular no bolso, não esperava uma mensagem, mas a própria pessoa, o que era bom.

Ele perguntou logo de cara: "E aí?"

"Hoje não, a cirurgia é amanhã e provavelmente não poderei sair." - Ela pensou por um momento e acrescentou: "Preciso ir para casa e pegar algumas roupas".

Ele arqueou uma sobrancelha: "Você voltará?"

Cláudia Cardoso pensou por um momento e respondeu: "Mais tarde".

"Então eu espero por você."

Cláudia Cardoso estava na frente, sentindo a pele da nuca queimar intensamente. Apesar da distância entre eles, ela podia sentir seu calor.

Cláudia Cardoso digitou o endereço e colocou o celular no suporte.

A voz mecânica do GPS repetiu o endereço de sua casa em voz alta.

Cláudia Cardoso pediu que ele não parasse em frente ao prédio: "Tenho medo que o Leonardo Lopes esteja lá. Pare na porta ao lado, eu vou a pé".

Rafael Santos fez o que ela havia dito e parou ali.

Cláudia Cardoso saiu do carro, entrou no beco e logo desapareceu na escuridão da noite.

Rafael Santos sentiu um vazio no estômago, pegou um cigarro e estava prestes a acendê-lo quando seu celular tocou. O nome piscando na tela o fez hesitar em atender, mas ele o fez.

"Alô."

O cigarro, ainda não aceso, permanecia entre seus dedos.

Do outro lado da linha, ouviu-se o som de algo se quebrando, seguido por gritos agudos de uma mulher.

O cigarro se partiu entre seus dedos e, no segundo seguinte, ele ligou o carro e partiu rapidamente.

Foi por isso que ele não notou a pessoa que havia desaparecido no beco correndo de volta.

Cláudia Cardoso viu o carro dele acelerar bruscamente e instintivamente gritou, mas sem sucesso; o carro não parou, provavelmente por causa de uma emergência, e sumiu velocidade. Cláudia Cardoso ficou parada, atônita por alguns segundos, até que ruídos desordenados de passos se aproximando às suas costas a fizeram voltar à realidade e correr em direção a uma área mais movimentada.