Rafael Santos mal tinha terminado de falar quando desligou o telefone, sem dar a Cláudia Cardoso a chance de perguntar alguma coisa.
Ela tentou retornar a ligação, três vezes seguidas, mas ele não atendeu.
Cláudia Cardoso jogou o telefone de volta com força e se deitou, imóvel.
Infelizmente, desde que Carla Cardoso mudou seu número, Cláudia nunca se lembrou do novo, e para evitar algumas dívidas, Carla não manteve um número de celular constante nos últimos anos.
Depois de uma hora de agonia, ela se levantou, pegou um casaco e desceu.
Passou pelo jardim de flores na entrada da casa e chegou no pátio frontal.
O vento da montanha era forte, e a temperatura caía vários graus à noite. Cláudia Cardoso apertou o casaco contra o corpo e rapidamente encontrou Rafael Santos.
Ele estava sentado em um balanço, olhando para o celular dela.
Cláudia Cardoso franziu a testa, hesitou por alguns segundos, depois sentou na mesa de pedra à frente, dizendo friamente: "Devolva o meu celular."
Rafael Santos não levantou os olhos, sua atenção ainda estava no celular, e ele disse de maneira desinteressada: "Você tem bastante alunos, vários deles fizeram perguntas. Resposta gratuita?"
Cláudia Cardoso estava visivelmente incomodada. "Como você sabe minha senha?"
Ele apenas sorriu, sem responder à pergunta.
Vendo ele tão focado em seu celular, Cláudia Cardoso ficou impaciente. Afinal, ninguém gosta que outros vejam seu celular.
Ainda que não tivesse segredos ali.
Mas o que ele tinha a ver com isso?
Cláudia Cardoso encarou ele, tentando intimidar ele com o olhar.
No entanto, depois de um longo tempo, além de ficar mais agitada, Rafael Santos não mostrou nenhum efeito.
Vendo o sorriso leve em seus lábios, Cláudia Cardoso involuntariamente pensou em algumas das conversas que teve com Sabrina, sua melhor amiga. Entre amigas íntimas, não havia tabus nas conversas, e palavras vulgares eram comuns.
Ela se levantou de repente, irritada: "Chega! Me devolva o celular!"
Finalmente, Rafael Santos desviou a atenção do celular.
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