Bebezinhos, A Mamãe Chegou！ romance Capítulo 109

Sandra Monteiro simplesmente não conseguia aceitar.

Ela tinha cuidado de Eron por tantos anos, mas Eron não demonstrava qualquer proximidade com ela.

Ao longo dos anos, se não fosse pela indiferença de Eron, Sandra Monteiro não teria encontrado tantas dificuldades para ser aceita pela Família Gondim.

"A Nina está aqui há apenas alguns dias e o Eron já disse que não quer a mãe dele. Se deixarmos a Nina continuar cuidando dele, onde vamos parar? Preciso contar para o Sr. Gondim" - disse Sandra Monteiro a Tibério.

Tibério, que estava acostumado com essas situações, respondeu: "E daí? Eu aconselho a Sra. Monteiro a não se envolver nesses assuntos. O Sr. Gondim quase perdeu seu único filho ontem à noite, então seria melhor se a senhora soubesse o seu lugar".

Na noite anterior, Eron havia se irritado e dito que não queria mais ser filho de Rodolfo.

Com Rodolfo já tendo seus próprios problemas para resolver, como ele poderia ajudar Sandra Monteiro a se livrar de Nina? Será que isso seria possível?

Seria uma grande conquista para Rodolfo conseguir manter seu lugar como pai.

No entanto, Tibério não se atreveu a dizer isso em voz alta, limitando-se a sorrir educadamente para Sandra Monteiro.

Mas Sandra Monteiro não entendeu: "Como assim, perder seu único filho? A Nina poderia levar o Eron embora?"

Tibério respondeu: "É mais sério do que isso".

Se fosse apenas Nina levando Eron embora, a Família Gondim teria meios de trazê-lo de volta. Mas o problema é que o coração de Eron já pertence a Nina. Tibério suspeitava que Nina nem precisaria sequestrá-lo; bastaria chamar que Eron a seguiria obedientemente.

Essa era a situação mais grave, entende?

Não era apenas Sandra Monteiro quem estava preocupada; Rodolfo estava ainda mais aterrorizado.

Quando Rodolfo chegou ao hospital ao meio-dia, Eron estava visivelmente irritado, ignorando as tentativas de conversa do pai.

Rodolfo colocou seu almoço na mesa e se aproximou de Eron, perguntando: "Quem fez você ficar tão bravo?".

"Papai, você não gosta da Dra. Monteiro também?" - perguntou Eron, levantando a cabeça.

Tibério, assustado, apressou-se em procurar por ela.

Naquele momento, Nina estava em seu consultório, com uma expressão séria, olhando para o paciente à sua frente.

Zaqueu Gondim estava sentado diante de Nina, um sorriso suave em seu rosto bonito.

Nina tocou e retocou a mão esquerda ferida de Zaqueu, surpresa ao descobrir que o osso tinha sido realocado. E isso não era tudo; o sujeito não tinha sequer imobilizado o local.

"Dez dias ou meio mês de descanso e você ficará bem, não é nada sério." - Nina pegou a mão dele, prescrevendo-lhe alguns medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos.

Zaqueu disse: "Que tal almoçarmos juntos ao meio-dia?"

"Nina, inexpressiva, recusou.

Zaqueu, sem entender, perguntou: "Já está na hora de sair do trabalho, é tão difícil assim me fazer companhia no jantar?"