Bebezinhos, A Mamãe Chegou！ romance Capítulo 19

Rodolfo olhou para Nina como se quisesse desvendar todos os seus segredos com apenas um olhar.

No mesmo momento, o coração de Nina estava batendo tão forte que quase parou, suas mãos estavam suadas e sua respiração parecia estar falhando. Em que situação absurda ela havia se metido!

"Estou falando com você, você também viu o garoto, não viu? Ele estava do lado de fora do hospital, naquela altura, vestindo uma roupa muito elegante. Meus olhos são muito bons, se não me engano" continuou Tibério, procurando a concordância de Nina.

Tibério havia reconhecido...

Sob enorme pressão e sob o olhar atento de Rodolfo, Nina encontrou coragem para falar: "Há pouco, dois pais estavam fazendo barulho na entrada do hospital, dizendo que quase perderam o filho para os sequestradores. Foi você, não foi? Não é de se admirar que esteja todo machucado, pois quem trabalha para o Sr. Gondim não deveria estar tão desesperado a ponto de sequestrar crianças, não é mesmo?"

"Como eu poderia fazer uma coisa dessas? Aquele garoto é a cara do nosso pequeno patrão!" Tibério tentava se defender.

Nina ignorou-o, dirigindo-se diretamente a Rodolfo: "Controle melhor seus subordinados. Tem muitas crianças aqui no hospital, e se ele levar uma delas por engano, quem vai assumir a responsabilidade?"

Tibério ficou roxo de raiva: "Sr. Gondim, não dê ouvidos a ela, tenho certeza de que meus olhos estão funcionando!"

"E eu é que sou cego, então?" Nina retrucou.

"Eu, é isso, como um médico pode falar assim tão bruscamente? Eu só lhe fiz uma pergunta, não estou pedindo sua vida" disse Tibério, claramente magoado.

Nina não lhe deu atenção e se virou para sair.

Tibério ficou ainda mais irritado: "Sr. Gondim, veja o temperamento dela!"

Mas, assim que terminou de falar, Tibério recebeu um olhar gélido de Rodolfo que o fez calar imediatamente, sem entender que parte de seu discurso havia irritado tanto o Sr. Gondim.

Ele não estava mentindo!

"Eu juro que vi! Aquela criança é a cara do nosso pequeno patrão, eu vi ele!" Tibério falava desesperadamente.

Num súbito ímpeto, Tibério se levantou ao ver uma criança passando sorrateiramente pela porta, exatamente aquela que tinha causado sua surra.

Ele mal teve tempo de se preocupar com seus ferimentos, correndo atrás do menino, que desapareceu depois de virar o corredor.

A avó Ondina chegou ao hospital furiosa e despejou sua raiva sobre a Família Monteiro, assustando-os a ponto de ficarem sem palavras.

Depois de repreender a Família Monteiro, avó Ondina virou-se para Rodolfo: "Isso é o melhor que você pode fazer pela família do Eron? Você sempre disse que Stella era boa, mas olha só o tipo de gente que ela tem na família, incapazes até de cuidar de uma criança! Se é assim, Eron deveria vir morar comigo, eu que deveria cuidar dele!"

Stella havia ficado com a família Monteiro por todos esses anos para se recuperar, e Rodolfo, querendo que Eron reconhecesse sua mãe, deixou o menino com eles.

Rodolfo sempre foi implacável em suas decisões!

Ele apagou tudo relacionado à Nina deste mundo, inclusive o menino.

Mas Eron era de seu próprio sangue!

A vovó Ondina já havia tentado algumas vezes levar Eron para morar com ela, mas sempre foi recusada. Agora que Eron estava machucado daquela maneira, ela não podia deixá-lo ficar com a família Monteiro!

"Eron tem que vir comigo, desta vez não adianta discutir!" Vovó Ondina estava determinada.