Bebezinhos, A Mamãe Chegou！ romance Capítulo 30

O diretor tentava acalmar os ânimos, mas não deixou de mandar alguém acompanhar Sandra Monteiro até que ela saísse.

Nina, porém, não queria deixar as coisas assim, mas foi impedida pelo diretor, que a segurou pelo braço, não permitindo que ela seguisse.

Somente quando Sandra Monteiro entrou no elevador e desapareceu, o diretor falou: "Dra. Monteiro, você perdeu a cabeça? Isso é um absurdo!"

"Eu não fiz nada.", disse Nina.

O diretor, furioso, apertou o seu cajado: "Você jogou a Sra. Sandra Monteiro na água, e não chama isso de absurdo? Você tem ideia das consequências? Se ela resolver complicar, você pode dar adeus à sua carreira!"

Nina deu de ombros, indiferente. Que carreira? Para ela, nada era mais importante que Eron. Ela tinha se tornado médica justamente para garantir que seus filhos crescessem saudáveis e felizes. O seu maior sonho era ver eles crescendo bem e contentes.

Mas agora, sabendo que Eron estava sendo maltratado, vendo-o encolhido num canto, cheio de hematomas por medo, como ela poderia ficar de braços cruzados? Ela tinha o direito de questionar a verdade sobre os suspeitos, não tinha?

Nina estava convencida de que não estava errada.

"Você não deveria ter me impedido.", ela disse.

O diretor parecia exausto, segurando a cabeça, quase desmaiando.

"Se eu não tivesse te impedido, você teria matado a Sra. Monteiro?"

"Dra. Monteiro, não importa o que aconteceu entre você e a Sra. Sandra, mas agora, o Sr. Eron só reconhece a ela. Quanto ao que você disse, não é da nossa conta. Mesmo que a criança esteja sofrendo, isso não tem nada a ver com você. Você só precisa fazer o seu trabalho e não se meter onde não é chamada, senão nem eu posso protegê-la." O diretor tentava persuadi-la a desistir.

"Diretor, e se fosse seu filho sendo maltratado, você aceitaria?", os olhos de Nina se encheram de lágrimas.

O diretor ficou chocado, incrédulo: "Você quer dizer que o Sr. Eron é seu filho?"

Nina não respondeu, seus olhos perderam o brilho por um momento. Sem dúvida, Eron era o filho que ela quase perdeu a vida para ter, mas agora pertencia a outra pessoa. Se Eron estivesse bem, Nina não teria agido impulsivamente, mas ele não estava bem, e ninguém sabia o quanto isso a machucava...

Nina, desolada, se afastou e foi até ao departamento de psiquiatria, pegou o laudo de Eron e, ao ver o resultado, as lágrimas caíram incontroláveis.