Bebezinhos, A Mamãe Chegou！ romance Capítulo 503

Ninguém sabia de onde Rodolfo tinha aparecido com um filho.

Provavelmente, só Nina poderia dar uma resposta concreta para isso.

Naquele momento, Nina estava presa em um quarto pequeno, sem celular nem qualquer meio de comunicação. A única eletrônica no lugar era uma televisão antiga, dessas sem assinatura, impossibilitada de assistir qualquer programa exclusivo.

Elio Monteiro fez uma cara longa: "Mãe, por que eles nos prenderam?"

Nina respondeu: "Deve ser para atingir o Rodolfo."

Elio questionou: "Então por que não vão direto nele?"

Nina sorriu e disse: "Porque têm medo."

"Entendi, como não têm coragem, usam um garoto como eu." Elio comentou.

Um olhar de ternura cruzou os olhos de Nina: "Sim, Elio, você está certo. Mas você está com medo?"

O pequeno balançou a cabeça, muito sério: "Não estou."

Nina surpreendeu-se: "Por que não?"

"Porque eles não ousariam me machucar." Elio falou com convicção.

A surpresa apareceu nos olhos de Nina.

O pequeno continuou: "Sou o Jovem Senhor da Família Gondim. Se algo me acontecer, papai não vai deixar barato."

Nina baixou os olhos: "Elio, você já pensou que o Rodolfo pode estar te dando tanta atenção porque te vê como se fosse o Eron?"

O garoto respondeu: "Tudo bem, somos irmãos. Se papai se importa com o Eron, com certeza se importará comigo também, não é? Mãe, ele é meu pai, não vai ignorar se algo me acontecer, vai?"

Com os olhos grandes e tristes, o garoto olhou para Nina, buscando desesperadamente por uma resposta.

Nina, porém, não tinha certeza.

Afinal, Eron havia sido criado por Rodolfo por quatro anos. Apesar de não ter ficado sempre ao seu lado, certamente existia um laço afetivo, não?

"O que é?" Uma voz irritada veio de fora.

Nina disse: "Vocês não vão preparar alguma comida?"

Com um estalo, a porta se abriu, e um jovem de cabeça raspada falou impaciente: "Você não entende a situação em que está? Ainda quer comer?"

Nina respondeu: "Mesmo sendo reféns, não temos que morrer de fome, certo?"

Aldair pareceu reconhecer a lógica nisso e mandou seus homens prepararem alguma comida.

Nina olhou ao redor, tentando entender onde estava presa.

Aldair repreendeu: "Olhando o quê? Pensando em fugir?"

Nina sorriu levemente: "Por que eu fugiria?"

Aldair grunhiu: "Melhor para você se tiver esse entendimento. Deixa eu te avisar, estamos por todos os lados aqui fora. Se ficar quietinha aqui dentro, não te faremos mal. Mas se tentar escapar, aí o problema é seu."