Bebezinhos, A Mamãe Chegou！ romance Capítulo 76

Cada palavra, Elio conseguia ver com total clareza.

Seu pai não tinha morrido, Rodolfo era seu pai.

Por que sua mãe sabia que o pai não estava morto e escondeu isso dele? Será porque o pai simplesmente não gostava dele? Ou, talvez, o pai não gostasse da mãe.

Independente da resposta, Elio não conseguia aceitar.

Ao abrir a porta, Elio entrou.

Alcina correu até ele, toda animada: "Maninho, você voltou, descobriu? Ele é o nosso pai mesmo?"

O rosto dela estava cheio de esperança, querendo saber a resposta imediatamente.

Elio escondeu o relatório de DNA atrás de si e forçou um sorriso amargo: "Infelizmente, ele não é nosso pai."

"Não é?" Alcina, incrédula, arregalou os olhos.

Com a cabeça baixa, Elio pediu desculpas: "Desculpa, Alci."

O olhar de Alcina se encheu de decepção, e a luz em seus olhos cheios de esperança se apagou num instante. Ela disse, baixinho: "Não é, tudo bem, se não é nosso pai, paciência, a gente vai encontrar o nosso pai um dia."

"A mamãe disse que nosso pai já morreu." Elio lembrou-a.

Alcina sacudiu a cabeça: "Não, ele não morreu."

"Morreu." Elio repetiu.

Entre lágrimas, Alcina explicou: "Não morreu, eu sinto que ele está vivo, eu posso sentir a presença dele."

"A mamãe não mentiria para a gente."

Alcina murchou os lábios, lágrimas penduradas nos cílios. Sim, como a mamãe poderia mentir para eles? Será que o pai deles realmente tinha morrido?

Ela estendeu a mão, tristemente: "E o meu dinheiro?"

"Então a mãe de Eron é essa mulher?" Elio franziu a testa: "Onde meu pai estava com a cabeça, ela não é mais bonita que minha mãe, por que meu pai escolheria ela?"

Não importava quanto Elio olhasse, ele não conseguia ver o que Rodolfo via em Stella, além da sua beleza.

A única explicação que Elio conseguia pensar era que seu pai havia abandonado sua mãe por essa mulher!

Essa ideia dominava seus pensamentos, pois não conseguia imaginar outra razão.

Se Rodolfo não tivesse abandonado sua mãe por essa mulher, por que ela choraria?

E ainda tinha Eron, que tinha um rosto idêntico ao dele, talvez fosse seu irmãozinho insuportável.

O que, afinal, seu pai fez com sua mãe!

Quanto mais Elio pensava, mais furioso ficava, e seus punhos se cerravam com força.