Bebezinhos, A Mamãe Chegou！ romance Capítulo 765

Nina estava atormentada por aquilo há muitos anos. Ela não entendia por que não conseguia se lembrar do que aconteceu, mas tinha certeza de que não poderia ter machucado ninguém. Mesmo que todos dissessem que foi ela quem feriu Stella, ela não poderia admitir, porque não era capaz de fazer algo assim.

Porém, quando todas as evidências apontaram para Nina, ela não sabia como se defender, já que não conseguia se lembrar de nenhum detalhe do incidente, como se todas aquelas memórias tivessem sido apagadas.

Durante esses anos, todas as injustiças que Nina sofreu foram por causa de Stella.

Nina olhou nos olhos de Stella e perguntou, palavra por palavra: "Por que você se machucou naquela época? Você se lembra?"

"Eu...", a testa de Stella se franziu.

Nina perguntou: "Não consegue se lembrar?"

Stella disse: "Eu também não me lembro."

"Não se lembra? Como você pode não se lembrar?" Nina estava um pouco agitada, levantou-se de repente, e sua voz aumentou alguns tons.

Stella ficou assustada com a reação de Nina, não entendendo: "Nina, você parece se importar muito com isso?"

"Sim!"

Os olhos claros de Nina estavam fixos em Stella, e ela disse, palavra por palavra: "Pense bem, pense com cuidado!"

"Eu realmente não consigo me lembrar." Stella explicou rapidamente.

Nina disse: "Mesmo que não consiga se lembrar, tente lembrar!"

"Eu... Rodolfo! Você voltou!"

Stella ficou contente ao ver Rodolfo e rapidamente o chamou.

Rodolfo entrou no quarto com os remédios que havia acabado de buscar, notando que Nina estava um pouco agitada, seus olhos profundos mantinham um ar de mistério.

Sob o olhar ansioso de Stella, Rodolfo se aproximou e colocou os remédios sobre a mesa: "Aqui estão seus remédios."

As letras nas instruções da caixa eram pequenas demais para a visão de Stella, então ela não conseguiu ler. Ela perguntou: "Como devo tomar esses remédios?"

Rodolfo olhou para Nina.

Nina se aproximou, abriu a embalagem e disse: "Dois comprimidos por vez, após o café da manhã e o jantar."

"Ok, obrigada." Stella estava muito grata.

Ela ainda não conseguia andar, já era bom poder se sentar, e precisava de ajuda para tomar remédios e beber água.

Não havia mais ninguém ali, então Rodolfo naturalmente se encarregou de cuidar de Stella.

Nina ficou de lado, observando Rodolfo com cuidado ao cuidar de Stella, sentindo-se desconfortável.

Após tomar os remédios, Stella parecia um pouco melhor. Ela olhou para Nina e disse: "Nina, desculpe, eu realmente não consigo me lembrar."

Rodolfo, intrigado, perguntou: "Sobre o que vocês estão falando?"

Stella respondeu: "Nina me perguntou sobre algumas coisas do passado, mas eu não tenho nenhuma lembrança."

Ela estava um pouco decepcionada, e também um pouco triste.

Com a conversa já nesse ponto, Rodolfo não teve escolha a não ser se sentar e conversar com ela.

Stella ficou muito contente, mas também sabia que Rodolfo não tinha vindo sozinho ao hospital; Nina ainda estava esperando do lado de fora.

Ela poderia pedir que Rodolfo ficasse com ela durante a noite, mas não poderia exigir que Nina ficasse no hospital também, já que Nina não era sua médica e não tinha essa obrigação.

O olhar de Stella se afastou de Nina e, suavemente, perguntou: "Rodolfo, a essa hora da noite, por que você trouxe a Nina? Normalmente, ela já estaria dormindo a essa hora, né? Vir ao hospital à noite para me ver é realmente cansativo, então, da próxima vez, não a incomode com isso."

"Sim."

Rodolfo respondeu com um aceno.

Os dois ficaram em silêncio.

Stella não sabia o que dizer, abaixou o olhar e puxou um pouco a coberta sobre si. Sem querer, ela notou o desenho na camisa de dormir de Rodolfo, e ficou surpresa. Ao olhar novamente em direção à porta, onde Nina estava, percebeu que ambos estavam com roupas iguais!

Não, a cor era diferente.

Mas o desenho nas roupas deles era exatamente o mesmo.

"Rodolfo, sua roupa..." Stella apontou para Rodolfo, hesitante.

Rodolfo perguntou: "Tem algum problema com a roupa?"