Bebezinhos, A Mamãe Chegou！ romance Capítulo 8

Nina soltou uma risada sarcástica: "Eu devo algo à Stella? Como assim o filho que carreguei por nove meses teria de reconhecê-la como mãe? Por que até você não acredita em mim! Por que até você me engana!"

"Você tem noção de que o Eron estava hoje coberto de sangue, deitado na minha frente, com três costelas quebradas e com as mãos e as costas cheias de ferimentos? Fui eu quem realizou a cirurgia nele com essas mesmas mãos. E você me diz que ele está bem? Que ele está feliz?"

Álvaro ficou chocado: "O Eron está ferido? O que aconteceu? Ele estava tão bem morando na Família Monteiro, como pode estar assim?"

"Você não sabe? Tudo bem, eu irei até a Família Monteiro e descobrirei por mim mesma!"

Nina virou-se para sair.

Álvaro, pálido, correu para impedir Nina: "Você não pode ir até a Família Monteiro."

"Por quê?"

Álvaro disse: "Se o Sr. Gondim descobrir que você está viva, ele nunca a deixará em paz."

Os olhos de Nina se encheram de fúria: "Ele fez isso com meu filho, eu jamais deixarei isso barato!"

Álvaro sabia que dessa vez ela falava sério e a impediu de ir: "Nina, você realmente acha que pode enfrentar o Rodolfo? A Cidade Liberdade é toda dele, o que você tem para enfrentá-lo? Quer que o Elio e a Alci acabem sendo filhos de outra pessoa?"

"Eu ficarei de braços cruzados vendo o Eron viver sob o mesmo teto daqueles dois? Sofrendo nas mãos deles!" Nina estava furiosa.

Álvaro disse: "Nina, de que adianta ir atrás do Rodolfo agora? Com o quê você irá competir com a Stella? Como você acha que pode vencê-la? O Sr. Gondim só reconhece a existência de um Eron. Se ele descobrir sobre o Elio e a Alci, e principalmente, pela semelhança entre Elio e Eron, você realmente acha que ele deixará esse menino em paz?"

Cada palavra cortava seu coração como uma faca afiada.

Seu rosto parecia maior que o de Elio, inicialmente Nina pensou que ele estava bem alimentado, um pouco mais gordo, mas observando mais de perto, viu a marca de uma mão em seu rosto.

Ela chorou de coração partido, segurou a mão de Eron e disse baixinho: "Eron, mamãe está aqui, eu nunca deixarei ninguém te machucar de novo, ninguém!"

Ela enxugou as lágrimas e saiu da UTI.

A noite passou, e Nina já não aguentava mais, apoiando-se na parede, cambaleou até seu consultório.

A porta estava fechada, o hospital estava vazio àquela hora, Nina não esperava encontrar alguém em seu consultório, mas quando acendeu a luz, viu um rosto familiar, tão familiar que a deixou aterrorizada.

Rodolfo já a esperava há tempos: "Nina, quanto tempo."