Bom Dia, Jornada Linda! romance Capítulo 148

"Meu neto é um sem-vergonha, ele nem se lembra de mim," disse a avó Beatriz, lançando um olhar de reprovação para Lúcio.

Lúcio fez uma careta e avançou para abraçar a avó Beatriz, fingindo manha: "Vovó, eu estava morrendo de saudades da senhora."

A avó Beatriz era fácil de agradar e logo se derreteu de alegria: "Meu netinho, também estava com saudades. Venha cá, deixe-me dar um beijo."

"Ei, não me toque."

"Vai embora, quanto mais cresce, mais chato fica."

Lúcio provocou a avó Beatriz por alguns instantes, depois se endireitou e cumprimentou a tia com respeito.

A tia olhava para Lúcio, encantada: "Olha só esse menino, que bonito e educado. Se fosse aqui, as meninas da região estariam fazendo fila para casar com ele. Nossa Selena teve sorte de fisgá-lo."

"É, ela teve mesmo muita sorte."

Lúcio tentou soar sério, mas sua língua foi mais rápida, e a tia, sendo uma pessoa descontraída, se pôs a rir.

Os amendoins já estavam secos, mas ainda presos às plantas, precisando ser arrancados.

"Não há nenhuma máquina para isso?" Lúcio perguntou.

"Até temos, mas plantamos pouco, então arrancar com as mãos é rápido," respondeu a tia.

"Além disso, a colheita já passou, estamos todos de folga e podemos trabalhar e conversar ao mesmo tempo," a avó Beatriz arrancava os amendoins com destreza, como se não fosse uma senhora da alta sociedade.

Os amendoins arrancados já enchiam várias sacolas, e a avó Beatriz pediu que Lúcio os levasse até a entrada do terreno.

A tia comentou: "Olha ele, todo branquinho e delicado, será que consegue carregar?"

Selena também duvidou: "Um saco de amendoins não é leve, não se esforce demais."

Lúcio não se conteve: "Você duvida da minha força?"

Selena imediatamente pensou em outra coisa e ficou vermelha.

"Por que está vermelha? Eu quis dizer que já carreguei tijolos na obra, você não estava pensando que..."

"Cale-se!"

Lúcio riu duas vezes e, em seguida, pegou um saco de amendoins, carregando-o facilmente.