Bom Dia, Jornada Linda! romance Capítulo 159

Selena franziu a testa e levantou-se, caminhando em direção à porta. Ao chegar lá, ela viu apenas as costas da pessoa, que estava vestida com um uniforme hospitalar e parecia bastante apressada. Ela apertou os lábios, mas, mesmo vendo apenas as costas, conseguiu reconhecer. Era Rafael Oliveira.

Selena dormiu até escurecer. Ela percebeu uma luz acesa no banheiro e o som do chuveiro ligado. Sabia que Lúcio havia chegado, então esperou na cama por ele. Após um bom tempo, ele finalmente saiu.

Ao vê-la acordada, ele sorriu e se aproximou, inclinando-se para lhe dar um beijo.

"Seu cabelo ainda está pingando!" Selena exclamou, afastando-se rapidamente. Lúcio a abraçou, deu-lhe um beijo forte e, em seguida, tirou a comida da térmica, pedindo para que ela comesse enquanto ele secava o cabelo.

Havia canja, verduras refogadas e dois pãezinhos. Ao provar uma colherada, ela soube imediatamente que era comida feita por ele.

"Hoje não tive muito tempo, preparei isso rapidamente. Amanhã faço o que você quiser comer." Ele disse ao voltar com o cabelo seco. Selena comeu até se sentir satisfeita, mas ainda sobrou bastante.

Lúcio veio e terminou o que ela deixou.

"Você vai dormir aqui esta noite?" Selena perguntou ao vê-lo já de pijama.

Lúcio arqueou uma sobrancelha, "E onde mais eu dormiria?"

"Este é um quarto de hospital."

"Poderia ser até um cemitério, onde você estiver, é onde eu também estarei." O coração de Selena se encheu de alegria, e ela murmurou um pequeno "oh".

Lúcio lavou a térmica e os talheres, depois passou a cuidar de alguns assuntos de trabalho, enquanto Selena assistia TV deitada na cama. Quando ele terminou, juntou-se a ela para assistir.

Quando Selena foi ao banheiro, ele quis acompanhá-la.

"Eu não sou inválida!" Selena o repreendeu com um olhar e foi sozinha.

No lixo do banheiro, ela encontrou uma camisa branca com uma grande mancha de sangue na manga. Lúcio não estava machucado, então o sangue só podia ser de outra pessoa.

Um calafrio percorreu a espinha de Selena, sua mente ficou cheia de pensamentos caóticos. Ela ficou um bom tempo no banheiro, esperando seu coração se acalmar antes de sair.

De volta à cama, Lúcio naturalmente a puxou para seu abraço.

"A ferida ainda dói?" ele perguntou.

Após dormir, Selena teve um pesadelo, revivendo a cena do quarto sujo da noite anterior, onde dois homens estavam prestes a atacá-la.

Assustada, ela gritou, sendo imediatamente envolvida em um abraço quente e firme.

"Selena, estou aqui." A voz dele era ao mesmo tempo suave e autoritária. "Estou aqui, ninguém pode te machucar."

Selena não abriu os olhos, mas se aninhou mais em seu abraço.

"Amor."

"O que foi?"

"Eu te amo."

"Calma, eu também te amo."

Quando acordou na manhã seguinte, Lúcio já havia ido para o trabalho.